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    porto velho, sábado 25 de outubro de 2025

Trinidad e Tobago anuncia exercícios militares com os Estados Unidos perto da Venezuela

Navio de guerra capaz de transportar mísseis e realizar ataques atracará em porto do país caribenho durante as operações com fuzileiros americanos


cnn

Publicada em: 24/10/2025 10:02:48 - Atualizado


MUNDO: O Ministério das Relações Exteriores de Trinidad e Tobago anunciou na noite de quinta-feira (23) que fará exercícios militares com os Estados Unidos, a partir de domingo (26).

Localizado perto da Venezuela, o anúncio do país compõe a crescente da tensão entre o presidente americano, Donald Trump, e o ditador venezuelano, Nicolás Maduro.

Segundo comunicado, o navio de guerra USS Gravely (DDG-107) atracará em um porto do país no domingo e ficará até a quinta-feira (30), mesmo período em que os exercícios acontecerão. A embarcação é um destroyer capaz de transportar mísseis e realizar ataques.

“A 22ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais dos EUA realizará treinamento conjunto com a Força de Defesa de Trinidad e Tobago (TTDF)”, diz o informe.

    O ministério afirma ainda que a presença das forças militares americanas no país “destaca o compromisso dos EUA com a segurança regional e os esforços de cooperação no Caribe.”

    Helicópteros do batalhão de Operações Especiais da aviação dos Estados Unidos, conhecidos como “Night Stalkers”, foram vistos sobrevoando a região do Caribe, perto da costa da Venezuela, informou o jornal americano The Washington Post no início do mês.

    Ainda segundo uma análise do Washington Post, imagens de redes sociais indicam que as aeronaves sobrevoaram a região costeira de Trinidad e Tobago, a 145 quilômetros da costa venezuelana.

    O embate entre Maduro e Trump

    Donald Trump declarou que os Estados Unidos estão em conflito armado contra os cartéis de droga designados pelo governo como organizações terroristas e informou que autorizou a CIA (Agência Central de Inteligência) a realizar operações secretas na Venezuela, com o objetivo de combatê-los.

    Ainda não está claro o que poderão ser essas ações da agência de inteligência dos EUA na Venezuela.

    O Departamento de Guerra americano tem expandido as operações contra embarcações que alegam ser usadas para o tráfico de droga, no ataque mais recente o Exército atingiu dois barcos pela primeira vez no Oceano Pacífico, deixando seis mortos.

    As Forças Armadas dos EUA começaram a atacar no início de setembro. Ao todo, nove navios foram alvo, sete deles no Mar do Caribe, os ataques no mar já deixaram 38 mortos.

    Atualmente, Washington oferece US$ 50 milhões (cerca de R$ 272 milhões) por informações que levem à prisão e condenação de Nicolás Maduro por tráfico de drogas.

    O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela apresentou uma queixa contra os EUA no Conselho de Segurança da ONU após a autorização de operações da CIA.

    O regime Maduro declara que os ataques contra barcos no Caribe e o uso da CIA são uma operação de “mudança de regime”, que teria como objetivo apreender os recursos petrolíferos do país.

    Na resposta mais recente após os ataques no Pacífico, Caracas afirmou que mobilizou mais de cinco mil mísseis de defesa aérea, de fabricação russa, em posições estratégicas em todo o país, enfatizando seu papel na salvaguarda da paz e da estabilidade venezuelana.


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