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Mais de 100 mil são esperados em Londres em marcha por novo referendo

Movimento tem apoio de vários famosos e empresários, que estão financiando o transporte de pessoas que queiram participar do ato à capital britânica


Notícias ao Minuto

Publicada em: 19/10/2018 09:50:23 - Atualizado


Mais de 100 mil manifestantes são esperados na "Marcha pelo Futuro", neste sábado (20), para reivindicar um novo referendo sobre o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE), conhecido como 'Brexit'. A marcha partirá do Hyde Park, ao meio dia, em direção ao parlamento britânico, em Westminster, onde várias personalidades devem discursar a partir das 14h. 

Na origem deste protesto está a campanha 'People's Vote', que reivindica um Voto Popular ao resultado das negociações para o 'Brexit', por acreditarem que o resultado será muito diferente do obtido com a campanha para o referendo de 2016, que determinou a saída britânica da UE.

"Ninguém votou para tornar este país pior, causar desemprego, prejudicar o NHS [Serviço Nacional de Saúde], afetar o futuro de milhões de jovens ou aumentar a divisão neste país. Quanto mais claro se torna o acordo final sobre o 'Brexit', mais claro está que não fará nada para melhorar a justiça social, reduzir a desigualdade, melhorar a nossa qualidade de vida ou criar um futuro melhor para as gerações futuras", cita o apelo à participação na manifestação.

Uma petição iniciada pelo diário 'The Independent' já foi assinada por quase um milhão de pessoas e o apoio público tem crescido, contando com o empenho de deputados como o trabalhista Chuka Umunna, as conservadoras Tory Sarah Wollaston e Anna Soubry, o líder dos Liberais Democratas, Vince Cable, e a deputada do partido Verde, Caroline Lucas.

Outras personalidades favoráveis são a atriz Lena Headey, o cantor Bob Geldof, o escritor Michael Morpurgo, o compositor e comediante Tim Minchin, os atores Dominic West e Patrick Stewart e o ex-jogador de futebol Jamie Carragher.

Vários, como o milionário co-fundador da marca de roupa Superdry, Julian Dunkerton, o escritor Ian McEwan ou os antigos ministros do partido Trabalhista David Miliband e Peter Mandelson contribuíram com dinheiro para pagar ônibus para transportar pessoas de fora de Londres.

Embora prefira eleições legislativas para permitir que o "Labour" seja eleito e tome conta das negociações, o líder, Jeremy Corbyn não exclui apoiar um novo referendo, algo que 86% dos militantes do principal partido da oposição defendem, segundo uma sondagem divulgada em setembro.

Outros partidos da oposição defendem um "Voto Popular", como os Liberais Democratas e o Verdes, enquanto que o Partido Nacionalista Escocês condiciona o seu apoio à possibilidade de um novo referendo sobre a independência do país.

As negociações para um acordo de saída ordenada do Reino Unido da União Europeia estão atualmente num impasse devido à dificuldade em encontrar um entendimento para a fronteira entre a província da Irlanda do Norte e a República da Irlanda.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse nessa quinta-feira (18) que está considerando prolongar o período de transição entre a saída da UE e a entrada em vigor de um acordo que regule as relações entre o Reino Unido e o bloco comunitário para além de dezembro de 2020. Com informações da Lusa.


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