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Evo Morales volta a Cochabamba um ano após deixar a Bolívia

Ex-presidente foi recebido por uma multidão na cidade de Chimore, no departamento de Cochabamba.


G1

Publicada em: 11/11/2020 18:03:26 - Atualizado

MUNDO - O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, chegou nesta quarta-feira (11) a Cochabamba, um ano depois de ter deixado o país, após sua renúncia forçada. Ele foi recebido por uma multidão na cidade de Chimore, na região onde iniciou sua carreira política.

Evo atravessou a fronteira sul com a Argentina na segunda-feira (09), assim que o presidente Luis Arce, que foi seu ministro da Economia, tomou posse. Ele percorreu mais de mil quilômetros em três dias, com a companhia de pelo menos 800 carros, em caravana.

Em 10 de novembro de 2019, Evo renunciou à presidência, depois de ter sido pressionado por militares. Ele enfrentava pressão por causa de uma reeleição, que foi contestada pela oposição e pela Organização dos Estados Americanos (OEA).

Vida na Argentina

Refugiado na Argentina desde dezembro do ano passado, Evo viajou no domingo (8) para a cidade de La Quiaca, na província argentina de Jujuy, que faz fronteira com a Bolívia.

Antes de Evo deixar a Argentina, ele e o presidente Alberto Fernandéz se encontraram em um jantar. Morales renunciou à Presidência em 10 de novembro de 2019. No dia seguinte, viajou para o México e, semanas depois, em dezembro, refugiou-se na Argentina.

Trajetória de Evo

Foi na região de Cochabamba que Evo despontou como líder dos "cocaleros" (produtores da folha de coca), na década de 1980. Nessas áreas rurais, há muitos grafites com a frase "Volte Evo" nas fachadas das casas de tijolos.

A Bolívia é um dos países da América Latina com maior população indígena, correspondente a 41% de seus 11,5 milhões de habitantes. Destes, 34,6% vivem na pobreza, e 12,9%, na pobreza extrema.

Com uma piora econômica geral, em parte, pela pandemia de coronavírus, muitos querem que se repita o "milagre econômico" da gestão de Morales, quando Arce era ministro da Economia: alto crescimento e redução da pobreza (de 60% para 37,2%).


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