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porto velho, domingo 22 de dezembro de 2024
MUNDO- Segundo turno das eleições presidenciais na República Tcheca prosseguem neste sábado (27) com dois candidatos radicalmente opostos: o atual chefe de Estado pró-russo, Milos Zeman, e seu rival pró-europeu, Jiri Drahos.
A votação, que começou na sexta-feira (26), prossegue neste sábado. Os resultados serão divulgados durante a tarde, informou o ministério do Interior.
Zeman, de 73 anos, veterano da esquerda, também conhecido por suas opiniões pró-chinesas e antimuçulmanas, e que tem forte apoio no interior do país, obteve 38,56% dos votos no primeiro turno.
Drahos, de 68 anos, conseguiu 26,60%, graças aos eleitores de Praga e a outras grandes cidades. Inicialmente, era apontado como favorito após o primeiro turno, em razão do apoio recebido dos outros sete candidatos.
No primeiro turno, há duas semanas, a taxa de participação foi de 61,9%.
Quase metade dos eleitores votaram na sexta-feira, segundo a agência de notícias CTK, um índice superior ao registrado no primeiro dia de votação do primeiro turno, calculado em quase 40%.
A votação acontece em um contexto político complicado depois que o bilionário populista Andrej Babis, aliado de Zeman, não obteve a confiança do Parlamento como chefe de Governo, por uma acusação de fraude com subsídios europeus.
O futuro de Babis, que dirige um governo protocolar, depede da eleição presidencial. Zeman já se mostrou disposto a designá-lo pela segunda vez para formar um governo, inclusive antes do fim de seu mandato atual, em 8 de março.
Drahos se recusa a nomear um primeiro-ministro acusado pela justiça.
O presidente tcheco, com menos prerrogativas do que o chefe de Estado na França ou nos Estados Unidos, aponta o primeiro-ministro com base nos resultados das eleições legislativas e nomeia o governo.
O chefe de Estado ratifica as leis adotadas pelo Parlamento e também nomeia os membros da diretoria do banco central CNB, os juízes e os professores universitários.
A posição de chefe de Estado tem para os tchecos uma aura incontestável de autoridade, entre outras razões, porque o presidente trabalha no Castelo de Praga, imponente antiga residência dos reis da Boêmia, localizada em uma colina majestosa.