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porto velho, domingo 22 de dezembro de 2024
MUNDO- O livro 'Fim' abriu às portas para que a atriz Fernanda Torres entrasse no universo da literatura, mesmo "a contra-gosto do escritor e mentor João Ubaldo Ribeiro", como ela mesmo assume. Nesta terça-feira (30) a atriz, que já lançou em novembro seu segundo romance no Brasil, foi à Portugal apresentar 'A Glória e Seu Cortejo de Horrores'.
Portugal é o primeiro país fora do Brasil, que Torres encara um público ansioso por sua escrita, que ainda se mantém neste romance, dentro de um universo masculino. Em 'Fim', a escritora aborda a temática da morte, através do sarcasmo na maneira como nos conta a vida de cinco amigos e sua corrida 'contra o tempo'.
Em seu 'A Glória e Seu Cortejo de Horrores', o personagem principal é também do sexo masculino, o que para Fernanda Torres, até então, é algo que surgiu, em ambos os livros, de maneira natural.
"A desgraça masculina nos anos em que vivemos está tão em evidência que para colocar um homem fracassado no centro da trama, foi como chutar cachorro morto". Foi, de certa forma, se solidarizar com a causa masculina", disse Fernanda aos risos.
Ainda assim, ela não descarta a possibilidade de ter uma personagem feminina como destaque em um livro. "O afastamento do universo das mulheres, ao qual eu já vivo há 52 anos e sei exatamente como é, termina por ser uma oportunidade de afastar a minha imagem do leitor. Ser de certa forma anônima", confessou.
Seu Cortejo de Horrores
Em 'A Glória e Seu Cortejo de Horrores', temos nas mãos um personagem que, segundo a própria Fernanda Torres, não nasceu ator, mas tornou-se para que o romance, que se passa nos anos 70, tivesse continuidade após ter finalizado o primeiro capítulo.
A travada sentida pela autora só se desenrolou quando ela decidiu por um tanto da sua história no teatro, naquela que seria a trajetória do personagem principal. Um homem que inicia a carreira de forma política, com o teatro de esquerda, seguindo para o teatro do desbunde, até chegar ao "ápice", enquanto galã de telenovelas.
Contratempos acontecem, até que ele termina numa prisão. Por lá, seu dons servem para assumir um posto de "passador de trotes". Para se aproximar desse universo, Fernanda terminou por visitar um presídio em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, acompanhada pelo deputado Marcelo Freixo (PSOL), bastante ligado às causas dos Direitos Humanos.
A atriz pornô Stephanie Clifford, mais conhecida como "Stormy Daniels", não desmentiu nem confirmou que tivera uma relação extraconjugal com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2006, quando ele já era casado com Melania.
Em entrevista ao comediante Jimmy Kimmel, Clifford também rechaçou que tenha autorizado a divulgação de um comunicado negando o caso com o republicano. A nota havia sido publicada pouco antes do primeiro discurso de Trump sobre o Estado da União e atribuída à atriz.
"Nas últimas semanas, me pediram muitas vezes para comentar os rumores sobre minha suposta relação com Donald Trump muitos, muitos anos atrás. Eu não a nego porque fui paga, como dizem os tabloides. Eu a nego porque [a relação] nunca correu", diz o comunicado.
Confrontada com a nota por Kimmel, Clifford tomou distância. "Não parece minha assinatura, não sei de onde chegou", afirmou a estrela pornô. Em seguida, o comediante leu trechos de uma entrevista concedida pela atriz em 2011 e na qual ela dava detalhes de sua relação com Trump.
Ao ser perguntada se algo daquele relato era verdade, Clifford respondeu: "Defina 'verdade'". Segundo o diário "The Wall Street Journal", um advogado do presidente pagou US$ 130 mil para a atriz não falar sobre a suposta relação.
O acordo foi fechado em outubro de 2016, pouco antes das eleições que levariam o magnata à Casa Branca, mas não se sabe se ele tinha conhecimento da negociação. Além disso, um artigo posterior da revista digital "Slate" confirmou o pagamento.
Segundo o autor do texto, Jacob Weisberg, a própria Clifford contara a ele, entre agosto e outubro de 2016, detalhes sobre o caso.