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porto velho, domingo 22 de dezembro de 2024
MUNDO- Aviões de guerra realizaram ataques intensos contra as duas últimas grandes áreas tomadas por rebeldes na Síria, matando ao menos 29 pessoas no subúrbio de Ghouta, próximo à capital, e asfixiando pessoas com gás em Idlib, no noroeste, disseram nesta segunda-feira socorristas e um órgão monitor da guerra.
O governo do presidente Bashar al-Assad prometeu retomar toda a Síria de rebeldes, que perderam grandes faixas de território tomadas em uma guerra que entra em seu oitavo ano.
Um cerco de anos na última grande área tomada por rebeldes próximo à capital Damasco, no subúrbio de Ghouta oriental, aumentou nos meses recentes. No noroeste, o governo e milícias aliadas têm tentado avançar em Idlib, última província ainda amplamente sob controle rebelde.
O grupo monitor Observatório Sírio para Direitos Humanos, sediado no Reino Unido, informou que aviões de guerra atacando Ghouta oriental próximo a Damasco atingiram as cidades de Zamalka, Arbaeen, Hazza e Beitu Soua, matando ao menos 29 pessoas. A mídia estatal informou que combatentes rebeldes que atiravam contra a capital mantida pelo governo mataram uma mulher.
Preocupação internacional tem crescido por conta do destino de Ghouta oriental, onde moradores dizem estar ficando sem comida e remédios.
No noroeste, o outro principal campo de batalha na guerra entre o governo de Assad e seus principais oponentes rebeldes, bombardeios também se intensificaram na noite de domingo, após rebeldes derrubarem um avião de guerra russo no sábado.
Socorristas disseram que ao menos nove pessoas sofreram problemas respiratórios por conta de químicos despejados no ar. Grupos de assistência e socorristas disseram que três hospitais também foram atingidos.
A Sociedade Médica Síria-Americana (Sams), uma organização que apoia hospitais na Síria, informou que seus médicos em Idlib relataram 11 pacientes “com sintomas indicativos de uso de cloro”.
Dois barris contendo gases químicos foram despejados de helicópteros na noite de domingo, disse Radi Saad, da equipe de armas químicas do grupo de defesa civil Capacetes Brancos, que opera em partes tomadas por rebeldes na Síria, à Reuters.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (ICRC), os Capacetes Brancos e a União de Assistência Médica e Organizações de Alívio (UOSSM), sediada nos EUA, disseram que instalações de assistência de saúde no noroeste da Síria haviam sido atingida por ataques aéreos.
“Com a maioria dos hospitais não mais operando nestas áreas, estes ataques recentes irão privar dezenas de milhares de assistência à vida”, informou o IRCR no Twitter.
O governo sírio tem consistentemente negado uso de cloro ou outras armas químicas durante o conflito na Síria. Socorristas e grupos médicos acusaram forças do governo de usarem gás cloro contra Ghouta oriental ao menos três vezes durante o mês passado, mais recentemente na quinta-feira.