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porto velho, sexta-feira 17 de janeiro de 2025
A Índia tem sido prejudicada por uma crise econômica e uma onda brutal de casos de Covid-19 que, segundo uma nova pesquisa, teria levado milhões de pessoas à pobreza.
Mas, enquanto alguns indianos lutam para viver com alguns dólares por dia, os ultrarricos do país ficaram ainda mais milionários e influentes, já que suas fortunas dispararam dezenas de bilhões de dólares no ano passado.
Mukesh Ambani – presidente do vasto conglomerado Reliance Industries – acumula agora mais de US$ 80 bilhões, cerca de US$ 15 bilhões (cerca R$ 407 bilhões e R$ 76 bilhões, respectivamente) a mais do que há um ano, de acordo com o índice Bloomberg Billionaires. Não muito longe dele está Gautam Adani, fundador do Adani Group, cuja riqueza disparou de menos de US$ 13 bilhões no ano passado para US$ 55 bilhões hoje (cerca de R$ 66 bilhões e R$ 280 bilhões, respectivamente).
Os dois empresários, que são agora o primeiro e o quarto homens mais ricos da Ásia, respectivamente, valem mais do que o PIB de algumas nações. Suas fortunas tão contrastantes com os outros indianos simbolizam uma crescente lacuna de riqueza que atingiu muitos em todo o mundo. Essa diferença se tornou ainda mais evidente na Índia, terceira maior economia da Ásia e responsável por mais da metade do aumento global da pobreza em 2020.
Ambani passou grande parte da pandemia como a pessoa mais rica da Ásia, à frente de muitos magnatas chineses.
Ele manteve sua posição confortável durante a maior parte deste ano, e é o 12º homem mais rico do mundo – sua fortuna é maior que a de nomes como o magnata mexicano Carlos Slim e Michael Dell, fundador da Dell (DELL). A companhia de Ambani teve um ótimo ano de 2020, angariando bilhões de dólares de gigantes do Vale do Silício, como o Google (GOOGL) e Facebook (FB), que apostam em sua visão de dominar a internet em um dos maiores mercados do mundo.