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Mulher que acusa o governador de NY de assédio sai do anonimato e pede punição

Brittany Commisso conta que em novembro de 2020, o governador de Nova York passou a mão por baixo de sua blusa para tocar seus seios. Ele tentou assediá-la de outras formas.


G1

Publicada em: 09/08/2021 14:16:00 - Atualizado



MUNDO - Brittany Commisso, uma das mulheres que denunciaram o governador de Nova York, Andrew Cuomo, por assédio sexual, saiu do anonimato nesta segunda-feira (9) em uma entrevista televisiva, na qual narra como seu "trabalho dos sonhos" se tornou "um pesadelo" e pede que Andrew Cuomo enfrente as consequências de seus atos.

"O governador deve ser responsabilizado. O que fez comigo é um crime. Ele violou a lei", disse Brittany Commisso à CBS News.

Commisso, que apresentou uma denúncia criminal contra o político na semana passada na capital estadual Albany, narrou com detalhes as acusações.

Ela é uma das 11 mulheres citadas em um relatório publicado na semana passada pela procuradora-geral do estado de Nova York, Letitia James, que acusa Andrew Cuomo de assédio sexual. Ela está no texto de forma anônima como "assistente de direção #1".

"Sou uma mulher, tenho uma voz e decidi usá-la", afirma na entrevista.

Descrições do assédio

Em 25 minutos de trechos da entrevista divulgados nesta segunda-feira pela CBS, a mulher relata como o governador passou de "abraços de despedida" para "abraços cada vez mais apertados com beijos na bochecha".

Depois, em uma ocasião, "girou rapidamente a cabeça para me beijar na boca", contou.

Brittany Commisso também lembrou dois incidentes mencionados no relatório, o primeiro quando o governador a agarrou no traseiro quando tiravam uma selfie. O segundo foi em novembro de 2020, em sua residência oficial, quando ele passou a mão por baixo de sua blusa para tocar seus seios.

Na terça-feira passada, o governador negou as acusações. "Quero que saibam diretamente por mim que nunca toquei ninguém de uma forma inadequada nem fiz insinuações sexuais inadequadas", afirmou em um discurso televisionado, no qual não deu indícios de que está considerando deixar o cargo.

"Talvez ele pensou que isso era normal. Mas para mim e para as outras mulheres com quem fez isso, não era normal. Não era agradável e certamente não era consensual", disse Commisso.Cuomo enfrenta uma pressão política para renunciar e possíveis batalhas judiciais. Membros do Partido Democrata —entre eles, o presidente Joe Biden— pediram para que ele renuncie.

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