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Exército americano destrói aviões, blindados sistema de defesa antimísseis antes de deixar Cabul

EUA também destruíram sistema de defesa antimísseis que deteve foguetes disparados contra o aeroporto na segunda.


g1

Publicada em: 31/08/2021 09:42:06 - Atualizado


O Exército americano destruiu aviões, blindados e o sistema de defesa antimísseis antes de deixar o aeroporto de Cabul, capital do Afeganistão, e encerrar na madrugada desta terça-feira (31) a guerra mais longa da história dos Estados Unidos.

Foram "inabilitados" 73 aviões, 70 veículos blindados resistentes a minas terrestres — que valem US$ 1 milhão cada um — e 27 Humvees, disse o general Kenneth McKenzie, chefe do Comando Central dos EUA, órgão responsável pelas operações militares do país no Oriente Médio.

McKenzie afirmou que o último aparelho a ser inutilizado foi o sistema de defesa antimísseis, que na segunda-feira (30) deteve cinco foguetes disparados pelo Estado Islâmico contra o aeroporto. "Decidimos deixar esses sistemas funcionando até o último minuto".

O último soldado americano a deixar o país foi o major-general Christopher Donahue, segundo o Departamento de Defesa americana.

Talibã comemora

O fim da "Guerra sem fim" ("Endless war", como a Guerra do Afeganistão é conhecida nos EUA) acontece depois de quase 20 anos de ocupação do país, que foi invadido meses após os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001.

O Talibã comandava o país desde 1996 e foi acusado pelos americanos de esconder e financiar membros da Al-Qaeda, grupo terrorista comandado por Osama bin Laden e responsável pelo atentado.

O Talibã foi expulso do poder com a invasão americana, mas voltou a comandar o Afeganistão no dia 15, antes mesmo do fim da ocupação, após o presidente Ashraf Ghani fugir do país e o grupo extremista tomar a capital Cabul.

Após a retirada americana, talibãs tomaram o controle do aeroporto e comemoraram o fim da ocupação americana com tiros para o alto (veja no vídeo abaixo). "Parabéns ao Afeganistão. Esta vitória pertence a todos nós", afirmou o porta-voz do grupo, Zabihullah Mujahid.

Mujahid afirmou que o Talibã deseja ter "boas relações com os EUA e com o mundo", mas fez um alerta: "A derrota dos EUA é uma grande lição para outros invasores e para nossas gerações futuras".


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