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porto velho, domingo 22 de dezembro de 2024
MUNDO- Manifestantes palestinos e soldados israelenses voltaram a se enfrentar na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel. Nesta sexta-feira (13), que é a 3ª de protesto na região, um palestino morreu e 163 ficaram feridos, segundo autoridades de saúde em Gaza.
Milhares de palestinos se reuniram nesta manhã em diferentes lugares da fronteira. De acordo com o jornal israelense "Haaretz", os protestos em massa ocorrem em cinco pontos da fronteira.
Alguns manifestantes atiraram pedras contra soldados israelenses, que responderam com tiros, de acordo com relato da France Presse. O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que um dos palestinos foi atingido na cabeça.
Segundo o Exército israelense, houve numerosas tentativas de destruir os obstáculos colocados na região e os manifestantes tentaram realizar ataques na fronteira com explosivos e bombas incendiárias, além de tiros.
Nesta sexta-feira, os organizadores dos protestos pediram aos manifestantes palestinos que queimassem bandeiras israelenses e agitassem bandeiras palestinas. Em um dos protestos foi queimada uma bandeira israelense com a foto do presidente americano Donald Trump, que em dezembro reconheceu Jerusalém como a capital de Israel. A decisão foi considerada polêmica já que os palestinos querem Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado.
Desde 30 de março, 34 palestinos foram mortos e centenas de outros foram feridos pelo exército israelense, de acordo com as autoridades de Gaza.
O morto desta sexta foi identificado como Islam Herzallah, de 28 anos. Ele foi atingido no leste da cidade de Gaza e levado ao hospital onde faleceu, informou o ministério da Saúde do território palestino.
A onda de protesto, iniciada em 30 de março, representa um desafio para as forças israelenses, que rejeitam as críticas sobre o uso de balas reais, explicando que suas regras de uso são necessárias, segundo a France Presse.
Esse é o 3º confronto desde a convocação, feita pela sociedade civil e apoiada pelo Hamas, de seis semanas de manifestações contra o bloqueio fronteiriço do enclave palestino. Os palestinos participam da "marcha do retorno", para exigir o "direito de retorno" de cerca de 700 mil palestinos expulsos de suas terras, ou que fugiram durante a guerra que se seguiu à criação de Israel em 14 de maio de 1948.
Israel se opõe duramente contra essa demanda palestina, que representa um dos principais entraves para a paz na região. Para Israel, o retorno dos refugiados palestinos equivale à destruição do "Estado judeu".
Israel já acusou o grupo militante islâmico de usar os protestos como cobertura para atacar a sua fronteira e declarou que aqueles que se aproximam da cerca colocam suas vidas em risco.
Em 30 de março, confrontos deixaram 19 mortos e mais de 1,1 mil palestinos feridos. O Exército israelense afirmou que o conflito começou quando palestinos se aproximaram da cerca na fronteira de Israel. O Ministério de Saúde de Gaza, por sua vez, culpou soldados israelenses por atirar em dois agricultores palestinos de Khan Yunis, matando um deles.
No dia 6 de abril, autoridades palestinas disseram que sete palestinos morreram e mais de 1.000 ficaram feridos.