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Estados Unidos e aliados dobram quantidade de mísseis lançados contra a Síria


G1

Publicada em: 14/04/2018 08:25:14 - Atualizado

MUNDO- O bombardeio à Síria realizado em conjunto Com Reino Unido e França nesta sexta-feira (13) teve o dobro de mísseis usados no ataque do ano passado, quando os norte-americanos reagiram a um ataque químico atribuído ao regime de Assad que deixou 86 mortos. A informação foi dada pelo secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, disse em coletiva de imprensa no Pentágono.

A investida combinada dos três países é uma resposta a um novo suposto ataque químico contra a cidade de Duma, no último fim de semana.

Segundo Mattis, além de mais intenso, o ataque mais recente mirou alvos diferentes. No ano passado, os EUA atacaram aviões que distribuíam armas químicas, enquanto nesta sexta os alvos foram as armas.

“Claramente o regime de Assad não entendeu a mensagem do ano passado. Desta vez, nós e nossos aliados golpeamos com mais força. Juntos, enviamos uma clara mensagem a Assad e seus tenentes assassinos”, disse o secretário.

O ataque

As forças aéreas e marinhas dos três países lançaram os primeiros ataques por volta das 21h de Washington (22h, no horário de Brasília), durante o pronunciamento do presidente americano Donald Trump na Casa Branca. (Veja fotos)

O Ministro da Defesa do Reino Unido afirmou que foram usados mísseis do tipo Shadow no ataque. De acordo com a rede de televisão CNN, as forças armadas da Síria divulgaram que 110 mísseis foram disparados contra o país e que a maoria deles foi interceptada.

Três alvos foram atingidos, segundo o Pentágono: um centro de pesquisa e produção de armas químicas e biológicas em Damasco, um armazém de armas químicas em Homs, a leste de Damasco – em que os EUA acreditam que estavam estoques de gás sarin – e uma base na mesma cidade que também teria armas químicas.

Os sistemas de Defesa da Síria reagiram, atingindo 13 mísseis em Al Kiswah, nos subúrbios de Damasco.

Trump chamou o suposto ataque químico em Duma de "massacre" e de "crimes de um monstro". A premiê britânica, Theresa May, classificou o bombardeio como uma "intervenção na guerra na Síria". Já o presidente francês, Emmanuel Macron disse que o ataque está "restrito a capacidades do regime sírio de armas químicas".

Após os ataques, a embaixada da Rússia nos EUA divulgou no Twitter um comunicado em que afirma que "tais ações nõa serão deixadas sem consequências".


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