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Mortes em protestos antigovernamentais podem equivaler a assassinatos ilegais


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Publicada em: 24/04/2018 09:11:40 - Atualizado

MUNDO- O Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos denunciou nesta terça-feira (24), que várias das mortes que aconteceram durante os protestos antigovernamentais na Nicarágua poderiam equiparar-se a assassinatos ilegais.

"Recebemos relatos de pelo menos 25 mortes no contexto dos protestos na Nicarágua. Estamos particularmente preocupados porque algumas dessas mortes podem ser definidas como mortes ilegais", disse Elizabeth Throssell, porta-voz do Escritório.

O organismo da ONU pediu às autoridades nicaraguenses uma investigação rápida, profunda, independente e transparente dessas mortes.

"É essencial que todas as alegações de uso excessivo da força pelos agentes policiais e por outros corpos de segurança sejam efetivamente investigadas e que todos os responsáveis assumam as suas responsabilidades", referiu a porta-voz.

Mais de duas de dezenas de pessoas, entre as quais um jornalista, morreram durante os protestos na Nicarágua contra a reforma da segurança social do Governo do Presidente Daniel Ortega.

As manifestações tiveram início na última quarta (18), na capital, Manágua, e em León, alargando-se a outras zonas do país.

Os protestos ficaram mais sérios na sexta (20), o terceiro dia de manifestação, com confrontos com a polícia e danos em edifícios governamentais em Manágua e outras cidades em todo o país.

Quatro canais de televisão independentes foram impedidos pelo Executivo, na quinta (19), de fazer a cobertura das manifestações.

Na sequência dos protestos, o presidente renunciou à controversa reforma na segurança social no domingo (22).


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