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    porto velho, domingo 24 de novembro de 2024

PF e Ibama intensificam combate a crimes ambientais em Terras Indígenas de RO

Desmatamento e garimpo ilegal persistem nas Terras Indígenas Zoró e Sete de Setembro, apesar de operações recentes...


PF

Publicada em: 10/08/2024 12:00:18 - Atualizado

Foto: PF/Divulgação

RONDÔNIA: Nesta semana, a Polícia Federal (PF) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizaram uma operação nas Terras Indígenas Zoró e Sete de Setembro, localizadas nos estados de Rondônia e Mato Grosso, com o objetivo de combater crimes ambientais. Durante a ação, foram identificados acampamentos em áreas de desmatamento e garimpo ilegal dentro dessas zonas protegidas.

Na Terra Indígena (TI) Zoró, apesar de uma recente fiscalização realizada há menos de dois meses, o garimpo ilegal continua a avançar. No local, os agentes encontraram e destruíram duas motocicletas utilizadas pelos invasores.

Na TI Sete de Setembro, os invasores reconstruíram uma ponte que havia sido destruída anteriormente pela Polícia Federal. Esta ponte serve como uma rota para a invasão e o escoamento de madeira e outros recursos naturais retirados ilegalmente da área protegida.

As duas Terras Indígenas são frequentemente alvo de invasões, o que resulta em constantes operações de fiscalização por parte das autoridades. Em fevereiro deste ano, uma operação conjunta da PF e do Ibama para combater a extração ilegal de diamantes e madeira resultou na apreensão e destruição de diversos maquinários nas TIs Zoró, Roosevelt, Parque Aripuanã e Uru Eu Wau Wau.

Apesar dessas ações, a tensão na região persiste. Dois meses após a operação, indígenas da etnia Zoró foram atacados em uma estrada na TI Zoró, que se estende entre Rondônia e Mato Grosso. Durante o ataque, a caminhonete de uma das lideranças indígenas foi incendiada por invasores.

A TI Sete de Setembro, habitada pelo povo Paiter Suruí, possui cerca de 248 mil hectares e enfrenta problemas relacionados ao desmatamento ilegal, focos de calor e garimpo clandestino. Já a TI Zoró, com 356 mil hectares, abriga dois povos indígenas, incluindo um grupo isolado, e está sob constante pressão de madeireiros, garimpeiros e caçadores ilegais.


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