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porto velho, quinta-feira 8 de maio de 2025
PORTO VELHO, RO - Em mais uma ação integrada de combate ao furto de materiais metálicos e ao tráfico de entorpecentes, a Polícia Militar de Rondônia deflagrou nesta quinta-feira (08) uma nova fase da Operação Fio Desencapado em Porto Velho. A ofensiva contou com o cumprimento de 31 mandados judiciais em diversos pontos da capital.
Como resultado da operação, foram realizadas três prisões por furto de energia e receptação, além de uma prisão com mandado judicial em aberto. Ao todo, quatro ferros-velhos foram interditados e 20 locais foram vistoriados. Durante as diligências, foram encontrados e recuperados materiais furtados da Endur, como luminárias e fios, reforçando o impacto direto desses crimes na iluminação pública da cidade.
A operação, que vem sendo intensificada ao longo dos últimos meses, é resultado de uma força-tarefa coordenada entre o Governo de Rondônia e a Prefeitura de Porto Velho, com o apoio de diversos órgãos estaduais e municipais. Participam diretamente da ação a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (CEMA), Secretaria Municipal de Fazenda (SEMFAZ), Secretaria Municipal de Serviços Básicos (SEMUSB), além do Corpo de Bombeiros, Politec, Energisa e a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd).
O prefeito de Porto Velho, Leo Moraes, destacou a importância da operação como uma resposta ao furto de fios e à comercialização ilegal desses materiais, que impactam diretamente os serviços públicos da capital. “Há um mercado que compra e fomenta essa prática criminosa. Estamos falando de uma atividade ilegal que vem destruindo a iluminação pública da cidade e comprometendo a segurança da população. A operação vem justamente para coibir esses crimes e responsabilizar os envolvidos”, afirmou o prefeito.
Durante coletiva à imprensa, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Régis Braguin, ressaltou que o foco principal da operação é desestruturar os receptadores dos materiais furtados, considerados o elo mais forte da cadeia criminosa. “O maior problema que enfrentamos é a fragilidade da legislação penal. Muitos desses criminosos são rapidamente liberados por se tratar de furto, o que dificulta a efetividade das ações. Nosso principal alvo são os receptadores, pois é nesse ponto que o crime se sustenta. Empregamos mais de 50 policiais, além da atuação conjunta de órgãos com competência legal, o que fortalece a robustez da operação. A Polícia Militar está cumprindo seu papel: retirar os criminosos de circulação e apresentá-los às autoridades competentes”, afirmou.
Responsável pela coordenação da operação, o tenente-coronel Amorin, da Coordenadoria Regional de Policiamento (CRPI), enfatizou que o enfrentamento ao problema vai além da prisão de quem realiza os furtos. “Não adianta apenas prender quem furta. É essencial combater também quem compra esse tipo de material, pois são esses compradores que sustentam e incentivam essa prática criminosa. Por isso, essa fase da operação está voltada para a fiscalização e o combate direto aos locais que adquirem esse material, como ferro-velhos e pontos de compra de alumínio, cobre e reciclávei