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porto velho, quarta-feira 25 de junho de 2025
PORTO VELHO-RO: Uma sofisticada rede criminosa, que vinha aplicando golpes em jogadores de futebol da Série A, foi alvo de uma grande ação policial nesta terça-feira (24), resultando na prisão de sete suspeitos e na apreensão de altas quantias em dinheiro, equipamentos eletrônicos e documentos falsos.
A ofensiva, batizada de Operação Falso 9, foi coordenada pelas Polícias Civis de Rondônia, Paraná, Mato Grosso e Amazonas, com apoio do Ciberlab, órgão do Ministério da Justiça especializado em crimes cibernéticos. As diligências aconteceram simultaneamente em Porto Velho, Cuiabá, Curitiba, Almirante Tamandaré (PR) e Lábrea (AM).
Dos presos, cinco estavam em Rondônia e dois no Paraná. Um dos líderes do grupo foi capturado no bairro Alto, em Curitiba, e outro no bairro Atuba, portando cópias falsas de documentos, celulares e comprovantes de transações. Durante a operação, os policiais encontraram cerca de R$ 800 mil em espécie, além de uma arma de fogo, maquininhas de cartão e celulares ligados ao esquema.
De acordo com as investigações, os criminosos utilizavam identidades falsas para abrir contas bancárias em nome de atletas profissionais. Com as contas abertas, solicitavam a portabilidade de salários, desviando os vencimentos dos jogadores para essas contas fraudulentas. Em seguida, realizavam saques e movimentações rápidas para dificultar o rastreio dos valores.
Entre os alvos da quadrilha estão nomes conhecidos do futebol brasileiro, como o atacante Gabriel Barbosa, o Gabigol, que teve aproximadamente R$ 938 mil desviados, e o zagueiro Walter Kannemann, do Grêmio. Ambos foram avisados sobre os desvios por seus bancos.
A estimativa é que o grupo tenha movimentado mais de R$ 1 milhão, com parte significativa dos recursos sendo repassada para contas de pessoas físicas e jurídicas situadas em Porto Velho e Cuiabá.
A Operação Falso 9 segue em andamento. A prioridade agora é identificar todos os envolvidos e recuperar o dinheiro desviado em um dos maiores golpes financeiros recentes contra atletas brasileiros.