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porto velho, domingo 13 de julho de 2025
RONDÔNIA - O golpista Ricardo
Nelson Ribeiro, de 44 anos, foi condenado pelo juízo da 1ª Vara Criminal de
Guajará-Mirim, após aplicar um golpe que lesou dezenas de famílias na cidade,
através do show de prêmios do ´Bingo Solidário´, que prometia inclusive reverter
parte da renda a uma creche de crianças carentes.
A sucessão de golpes aconteceu entre outubro de dezembro do
ano passado e causou grande alvoroço na cidade. O evento foi muito bem
divulgado, prometia prêmios valiosos e tinha viés filantrópico. Foi o
suficiente para centenas de pessoas acreditarem na promessa e serem
surpreendidas com a fraude. Segundo a Polícia Civil de Guajará-Mirim, o
golpista utilizou o nome da creche para arrecadar valores com a venda das
cartelas do bingo solidário e, após sorteio, agendou com as vítimas para a
entrega dos prêmios no dia seguinte e simplesmente desapareceu. Não se sabe ao
certo, até hoje, o total de vítimas lesadas. Uma das vítimas ouvidas pela
Polícia, afirmou ter adquirido quatro cartelas, e uma mesa pelo valor de
R$90,00 (noventa reais).
No dia do evento ela foi contemplada, junto com mais três
pessoas, com uma motocicleta modelo Biz, e ao procurar o réu, ele solicitou que
ela fosse à loja Honda no dia seguinte para a retirada do prêmio.
No dia seguinte, no horário combinado
ela foi à loja e foi informada pelo gerente para aguardar até o meio-dia, mas o
golpista não apareceu. Outro engodo orquestrado pelo golpista foi o do carro
zero quilômetro. O veículo que estava na propaganda foi alugado por R$ 3 mil e
teve a placa retirada, sem a ordem da locadora. Em relação às motocicletas, o
golpista assinou um Termo de Responsabilidade para pagamento de R$ 2 mil no dia
18 de outubro de 2019. Ele devolveu as motocicletas à loja dizendo que havia
negociado os valores dos prêmios com os contemplados.
Pelo menos uma das vendedoras das
cartelas do bingo teve dificuldade em receber seus honorários e teve que
enfrentar a cobrança dos clientes que foram lesados. Alguns clientes
acreditavam as vendedoras poderiam estar em conluio com o estelionatário e
fazerem parte do golpe. Até mesmo aluguel do carro utilizado como isca não foi
pago. Para a Polícia Civil, ele se aproveitou de que o evento era beneficente
para se utilizar da boa-fé dos donos das lojas.