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    porto velho, domingo 25 de maio de 2025

Empresas que promoveram palestra de Moraes na Itália foram condenadas por fake news

Na viagem em que ocorreu suposta agressão, Moraes ministrou palestra em evento promovido por grupo condenado em ação sobre fake news


metropoles

Publicada em: 19/07/2023 17:22:40 - Atualizado

A palestra que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ministrou na Itália, na semana passada, foi promovida e patrocinada por uma faculdade goiana condenada por fake news relacionadas ao kit Covid. Na volta do evento, no aeroporto de Roma, Moraes e familiares se envolveram no episódio que resultou no inquérito da Polícia Federal sobre suposta agressão. A informação foi divulgada pela TV Band e confirmada pelo site. O ministro não se manifestou.

Apesar de ter acontecido na Universidade de Siena, na região italiana da Toscana, o evento acadêmico Fórum Internacional de Direito foi promovido pela Alfa Escola de Direito e pela Unialfa, ambas de Goiás. Todas essas instituições privadas de ensino pertencem ao Grupo José Alves, que também é dono da empresa farmacêutica Vitamedic, que produz a ivermectina no Brasil.

O Grupo José Alves e a Unialfa foram condenados pela Justiça Federal no Rio Grande do Sul, em maio deste ano, por danos morais coletivos à saúde. Em fevereiro de 2021, as empresas bancaram a publicação de um informe publicitário em diversos meios de comunicação, com o título “Manifesto Pela Vida”. O texto defendia o chamado “tratamento precoce” contra a Covid-19, usando remédios sem eficácia comprovada contra o coronavírus, como cloroquina e ivermectina.

Na sentença, informa o Ministério Público, a entidade Médicos Pela Vida (Associação Dignidade Médica de Pernambuco – ADM/PE), e as empresas Vitamedic Indústria Farmacêutica, Centro Educacional Alves Faria (Unialfa) e o Grupo José Alves foram condenados ao pagamento de R$ 55 milhões por danos morais coletivos à saúde.

Segundo o processo, o lucro anual da empresa Vitamedic subiu de R$ 15 milhões para R$ 500 milhões durante os anos de pandemia, graças à venda de ivermectina. Por causa desse faturamento e da defesa do “tratamento precoce”, Jailton Batista, diretor-executivo da Vitamedic, foi convocado a depor na CPI da Covid em agosto de 2021.



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