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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
Líderes da oposição no Congresso preparam um manifesto conjunto para criticar a operação da Polícia Federal contra o deputado Federal, Carlos Jordy (PL-RJ). Líder do PL no Senado, Carlos Portinho disse à CNN que vai convocar um reunião de líderes para discutir um posicionamento.
“Isso não é uma questão de direita e esquerda, não é um questão ideológica. São prerrogativas do Congresso, dos parlamentares que estão sendo desrespeitadas, e existe um posicionamento do presidente do Senado. O colégio delíderes precisa ser ouvido numa situação dessa porque me parece muito grave por conta das prerrogativas e ausência de um fato concreto, inquestionável, que justifique uma ação extrema”, afirmou.
Deputados da oposição também articulam, por meio de um grupo de WhatsApp, uma “reação virtual em massa” contra as buscas contra o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição, pedidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Como o Congresso está em recesso, os deputados estão com dificuldade de organizar um ato presencial em defesa do parlamentar bolsonarista.
“Todas as redes da oposição estão se solidarizando em massa com o Jordy. Aquele diálogo foi normal entre um deputado e alguém da sua base no Rio de Janeiro”, disse à CNN a deputada Carla Zambelli (PL-SP).
Busca e apreensão
O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) é o primeiro parlamentar do Congresso Nacional alvo da Polícia Federal no âmbito da Operação Lesa Pátria.
A PF passou quase três horas no gabinete do deputado. Apreendeu um laptop e documentos. O agentes também cumpriram mandados em casas dele no Rio de Janeiro e em Brasília.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a quebra de sigilo telemático de Jordy. A decisão permite que investigadores acessem dados de computadores, mídias e aparelhos telefônicos apreendidos.
Outro lado
Jordy usou as redes sociais para se manifestar a respeito da operação desta manhã. Segundo ele, trata-se de “uma medida autoritária, sem fundamento, sem indício algum, que somente visa perseguir, intimidar e criar narrativa às vésperas de eleição municipal”.
“É inacreditável o que nós estamos vivendo. Esse mandado de busca a apreensão, determinado pelo ministro Alexandre Moraes, é a verdadeira constatação de que nós estamos vivendo uma ditadura. Eu, em momento algum do 8 de janeiro, incitei, falei para as pessoas que aquilo ali era correto, pelo contrário, em momento algum eu estive nos quartéis generais quando estava acontecendo todos aqueles acampamentos.”
Nunca apoiei nenhum tipo de ato anterior ou depois no 8 de janeiro, embora as pessoas tivessem todo o seu direito de fazer suas manifestações contra o governo eleito”, acrescentou.
O STF afirmou que, por ora, não vai se manifestar sobre as acusações feitas por Carlos Jordy.