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    porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024

“A gente nunca está seguro”, diz Lula sobre atual cúpula da Abin após operações da polícia federal

Sem citar nomes, ainda de acordo com Lula, “não há clima” para permanência de um dos integrantes dessa equipe.


cnn

Publicada em: 30/01/2024 10:37:29 - Atualizado


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta terça-feira (30), que “a gente nunca está seguro”, ao responder sobre a situação da atual gestão da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A declaração foi dada durante entrevista à rádio CBN Recife.

“O senhor tem segurança da Abin de hoje?”, questionou o jornalista. Lula respondeu: “a gente nunca está seguro”.

Segundo o presidente, o atual diretor-geral da agência, Luiz Fernando Corrêa, foi escolhido por ter sido diretor da Polícia Federal entre 2007 e 2010.

“É uma pessoa que eu tenho muita confiança e por isso que o chamei, já que eu não conhecia ninguém dentro da Abin. E esse companheiro montou a equipe dele.”

Sem citar nomes, ainda de acordo com Lula, “não há clima” para permanência de um dos integrantes dessa equipe. Segundo apurou o site, nos corredores do Palácio do Planalto, é esperada a qualquer momento a demissão do número 2 da agência, Alessandro Moretti.

“Dentro da equipe dele tinha um cidadão que mantinha relação com o [deputado] Ramagem, inclusive que permaneceu já durante o trabalho dele na Abin. Ora, se isso for verdade, não há clima para esse cidadão continuar na polícia. Mas antes de você fazer a condenação a priori, é importante que a gente investigue corretamente, que a gente apure, que a gente garanta o direito de defesa”, completou.

Ramagem foi alvo de mandados de busca e apreensão na quinta-feira (25), em investigação da Polícia Federal que apura suposto uso político da Abin.

Na segunda-feira (29), a PF realizou uma cumpriu nove mandados de busca e apreensão em nova etapa da Operação Vigilância Aproximada, que apura o monitoramento ilegal de autoridades durante a gestão do ex-diretor-geral Alexandre Ramagem, que chefiou o órgão no governo Bolsonaro.

Entre os alvos estava o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente. Agentes da PF estiveram no gabinete do vereador na Câmara Municipal do Rio, em sua residência na Barra da Tijuca e na casa da família em Angra dos Reis, litoral fluminense, onde Carlos estava com o pai. No local, os policiais apreenderam dois celulares e um computador.

A PF investiga se Carlos recebeu informações que teriam sido apuradas pelo esquema clandestino de escuta sobre investigações que miravam sua família.

Segundo a defesa do vereador, os agentes apreenderam também um tablet de um assessor de Jair Bolsonaro, que não estava incluído no mandado de busca e apreensão.



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