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porto velho, terça-feira 19 de novembro de 2024
Janja se tornou uma espécie de ministra sem pasta do regime PT-STF. Sem pasta e sem noção: dá palpite e se manifesta sobre todos os setores do governo, atuando como conselheira-geral cujos conselhos não foram solicitados.
O “poblema” de Janja não consiste apenas no fato de ser “inresponsável” e de ter “abrido” uma crise por semana desde a fatídica posse de seu marido.
Janja estragou o G-20 envergonhou Lula e Brasil até agora não se desculpou pela baixaria.
O verdadeiro X da questão é que ela representa aquilo que é mais desastroso na mente esquerdista: a certeza de possuir uma fórmula infalível para transformar radicalmente o mundo por meio da concentração de poder e da destruição dos adversários.
Tudo que Janja faz — e nisso ela reflete com perfeição o espírito da ditadura jurídico-socialista — resume-se em defender Lula e seu governo dos ataques maliciosos da realidade. Para a ministra de assuntos aleatórios, se a verdade não confirma a narrativa, censure-se a verdade! F... you, reality!
No mesmo discurso catastrófico, Janja se referiu ao chaveiro Francisco Wanderley Luiz como “o bestão que se matou com fogos de artifício”. Como já observei numa crônica anterior, o homem apresentava claros sinais de perturbação mental. Mas a mente esquerdista, capaz de reduzir tudo a política, fecha os olhos diante da tragédia do país — a verdadeira causa do suicídio de Francisco — para transformar tudo numa questão de “nós ou eles”, numa contrafação farsesca, mas não menos letal, da luta de classes marxista.
Neste final de semana, a ex-esposa de Francisco, que o havia acusado de forjar um plano para matar ministros do STF, tentou suicídio ateando fogo na própria casa. Ela também é uma “bestona”, Janja?
A ausência de compaixão — outra característica fundamental na mente esquerdista — é visível em quase todas as falas de Janja. Para ela e tantos apoiadores do regime, o drama dos milhares de brasileiros inocentes presos ou exilados em consequência do 8 de janeiro é motivo de escárnio e desprezo.
Há alguns meses, o agricultor Jorge Cardoso de Azevedo, o Jorginho, de 63 anos, entrou em depressão e tentou o suicídio numa cela do presídio da Papuda. Foi salvo da morte por seus companheiros de infortúnio. O crime de Jorginho foi estar na Praça dos Poderes — onde chegou às 18h50, bem depois dos atos de depredação — e buscar proteger-se das bombas da polícia em um prédio do governo no dia 8 de janeiro de 2023.
Por isso ele foi condenado a 16 anos de prisão e está afastado da mulher com quem é casado há 40 anos, dos filhos e do pai, seu melhor amigo, hoje com 91 anos. Jorginho também é um “bestão”, Janja?
O Brasil de Janja é o país em que a vergonha e a tragédia não apenas reinam, mas tentam mutuamente ocultar-se. Ainda assim, tenho a certeza de que essa farsa não vai durar para sempre. Haverá um justo juiz.