Fundado em 11/10/2001
porto velho, terça-feira 22 de abril de 2025
PORTO VELHO-RO: O deputado federal rondoniense Coronel Chrisóstomo (PL) subiu à tribuna da Câmara Federal nesta semana para se atacar, de forma veemente, o que o Governo Lula denominou de "corte de privilégios" dos militares das forças armadas.
Beneficiário dos direitos que até o momento os oficiais militares gozam de forma plena, Chrisóstomo afirmou que nunca recebeu qualquer como membro do Exército Brasileiro, motivo pelo qual repudiou o corte anunciado pelo staff de Lula (PT).
Chrisóstomo alegou que essa diferença dada entre os militares e o trabalhador comum não é privilégio, mas sim, um merecimento pelo desempenho das atividades prestadas por eles ao país.
Porém, em seu discurso, Chrisóstomo alegou pontos comuns a qualquer trabalhador, como avaliação constante do trabalho desempenhado, risco de demissão e anos de dedicação, além de provas de desempenho, para subir de posto e salário.
Já no campo do regramento militar, Chrisóstomo também utilizou exemplos que não diferem um trabalhador comum que é reservista das forças armadas, como a obrigatoriedade de participar de uma guerra ou a execução por pena de morte em casos de traição à pátria em tempos de conflito armado.
"Trabalhei 35 anos das forças armadas, era avaliado constantemente, para eu passar de um posto para o outro, tinha que fazer prova. Permanentemente, você é avaliado. Vocês sabiam que os militares são obrigados a irem para guerra e podem responder à pena de morte em casos de guerra", bradou o deputado Coronel Chrisóstomo.
Atualmente o salário de um coronel das Forças Armadas do Brasil varia entre R$ 20 a R$ 40 mil, esse salário permanece mesmo após a sua morte, sendo pago a sua esposa ou filha mais velha, não há idade mínima para aposentadoria de militares, além de que quando é expulso da corporação, ganha aposentadoria vitalicia. Todos esses pontos serão cortados pelo Governo Federal.
No início dessa semana, o líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que a proposta de corte de gastos que inclui militares chegará ao Congresso ainda em 2024 para votação.