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porto velho, terça-feira 18 de março de 2025
BRASIL: O futuro do projeto de lei da anistia para os condenados e processados pelos ataques criminosos do dia 8 de janeiro de 2023 abriu uma disputa entre governo e oposição pelo apoio das ruas.
Depois da manifestação desse domingo (16), no Rio de Janeiro, a oposição anunciou que fará novo protesto no dia 6 de abril, na Avenida Paulista, em São Paulo.
Enquanto isso, governistas dizem que farão uma mobilização, também na Paulista, no dia 30 de março.
“Sem anistia. Bolsonaro na cadeia. A hora é essa. Nós vamos para as ruas”, afirmou o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), em suas redes sociais.
Em resposta, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), respondeu que o movimento pró-anistia conseguirá reunir mais pessoas.
“Vamos ver quantas pessoas a esquerda vai colocar nas ruas. Vamos ver quem tem o povo de verdade”, disse.
De acordo com a Polícia Militar do Rio de Janeiro, 400 mil pessoas protestaram pró-anistia, neste domingo. “Foi um sucesso”, disse à CNN o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Ao mesmo tempo, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) contabilizaram 18 mil pessoas.
As duas estatísticas têm algo em comum: ficaram abaixo da expectativa de mobilização dos organizadores, que chegaram a estimar que o ato reuniria 1 milhão de pessoas.
Apesar da discussão popular, a decisão é do Congresso, onde tramita o projeto. Na Câmara, o texto passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas não tem data para votação no plenário da Casa e no Senado.
Em caso de aprovação, opositores da ideia afirmam que irão recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).