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porto velho, sexta-feira 25 de julho de 2025
PORTO VELHO (RO) - Apresentado pelo jornalista e advogado Arimar Souza de Sá, o programa A Voz do Povo desta quinta-feira (24) recebeu o jornalista Osmar Silva, um dos pioneiros do jornalismo rondoniense, que falou sobre a situação política do Brasil nos últimos tempos.
Para Osmar, a projeção de que surja uma nova liderança que consiga disputar o pleito 2026 à presidência no lugar de Jair Bolsonaro, caso o ex-presidente acabe sendo preso por conta do inquérito do 08 de janeiro, é grande. Ele destacou alguns possíveis nomes.
“Olha, tem muita gente boa nesse país, o Tarcísio, o Caiado, o Ratinho Junior, são bons nomes. São homens de paz, onde seus estados, apesar de tudo, têm melhorado, onde tem mais segurança, onde a educação ainda educa, eles podem muito bem se levantarem como novas lideranças”, destacou Osmar Silva.
De acordo com Osmar Silva, atualmente o Judiciário vem extrapolando de suas funções e tomando decisões que precisam ser contidas pelo Senado, única entidade que possui poder para isso, porém, nada é feito.
“Você vê alguma possibilidade de juntar uma quantidade de senadores suficiente para caçar o ministro Alexandre de Moraes? Não. E por isso eles miram em Bolsonaro, que é a ponta mais fraca e que pode tirar eles do poder, não pela força, mas pelo apoio da sociedade”, relatou Osmar Silva.
Com relação ao processo impetrado contra o deputado federal Coronel Chrisóstomo, ao qual ele é acusado de tentativa de golpe por ter convocado as Forças Armadas a intervir no país, Osmar Silva garantiu que condenar o parlamentar por sua fala é no mínimo bizarro.
“Vai ter que prender a nação inteira, porque quando se refere às forças armadas chamam ela de melancia, isso não é um ato antidemocrático? Ou ato antidemocrático é você legislar fora da Lei? Pelo que eu saiba, a Lei de 1988 e suas cláusulas pétreas continuam vigentes”, exaltou Osmar Silva.
Ele ainda pontuou alguns dos problemas que vêm levando à crise política e da imagem do Brasil, fazendo com que o país seja colocado entre os piores cenários possíveis para os próximos meses.
“O desprestígio da diplomacia brasileira e as atitudes antidemocráticas reforçam essa convicção de que estamos vivendo em estado de censura e abusos da arbitragem da Lei no Brasil. Essas medidas tomadas pelo STF são políticas e estão claras para todos que tenham mais de um neurônio”, argumentou Osmar Silva.
O jornalista Osmar Silva ainda fez questão de contar um “causo” sobre a briga entre o governador Marcos Rocha e seu vice, Sérgio Gonçalves.
“São tão poucos os que atravessaram pelo seu mandato sem problemas com o vice que nem lembramos desses. A traição é uma coisa que o ser humano nunca perdoa, o governador Marcos Rocha cometeu uma traição com o Hildon, e quando ele se desentendeu com o seu chefe da Casa Civil e ficou incensando o irmão, eu já vi que não ia dar certo, aquela família é unida, não demorou muito, eles se juntaram e foram para cima do governador, que acabou sendo traído igual fez com Hildon, ou seja, aqui se faz, aqui se paga”, contou Osmar Silva.
Por fim, ele ainda contou mais uma história sobre como foi um dos jornalistas que participaram da instalação do Partido dos Trabalhadores em Porto Velho.
“Eu tenho 81 anos de idade, o Lula, a primeira vez que veio à Rondônia, foi recebido na redação do meu jornal, o Parceleiro, ninguém queria receber ele, mas eu fiz e ali começou a surgir o Partido dos Trabalhadores em Porto Velho. Hoje eu não aprovo esse governo e me posiciono contra o Lula e seu projeto de poder”, finalizou Osmar Silva.
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