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    porto velho, sexta-feira 29 de novembro de 2024

Um novo prédio, uma nova Assembleia: foi um dia histórico para o parlamento rondoniense


Sérgio Pires

Publicada em: 23/01/2019 08:03:57 - Atualizado

Foi um dia muito especial para a Assembleia Legislativa de Rondônia. Dia de emoção, de grandes discursos, de lágrimas, de prestação de contas e da entrega de um prédio suntuoso, à altura do que o parlamento e a população merecem. Mais de três horas de uma longa solenidade, com a presença de algumas das mais importantes autoridades (como os ex governadores José Bianco e Confúcio Moura, agora senador eleito) e o governador Marcos Rocha, além do presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Walter Waltenberg , entre inúmeras personalidades. Era tom de despedida para vários deputados da atual legislatura, inclusive o anfitrião, Maurão de Carvalho, um dos políticos hoje mais respeitados de Rondônia, com uma longa biografia de serviços prestados e uma história de ineditismo no parlamento: foi o único presidente eleito e reeleito por unanimidade, em todos os tempos de existência do poder. Maurão entregou o prédio novo, uma obra que dignifica o Legislativo e torna-se moldura especial no contexto dos órgãos públicos na região da antiga Esplanada das Secretarias, onde hoje se concentram o palácio do Governo e órgãos como o Tribunal de Justiça e o Ministério Público, entre vários outros. Foram discursos efusivos, marcando um momento importante par uma Rondônia diferenciada, porque aqui vivemos no azul, enquanto quase a totalidade das demais unidades da federação está destroçada, endividada até o pescoço, sem dinheiro para pagar servidores e fornecedores, clamando por socorro federal. 

A inauguração da nova Assembleia, a um custo superior a 90 milhões de reais, moderna, cheia de inovações, é um símbolo disso tudo: enquanto a maioria dos Estados está em desesperança e abismo econômico, temos recursos do parlamento para investir em uma obra majestosa, como a que foi inaugurada nessa terça. E não se diga que com tal verba se poderia construir hospitais, porque o dinheiro não é do Executivo e nem poderia ter outra destinação. Precisamos sim de mais hospitais, mais leitos, melhor saúde pública. Mas para isso há recursos suficientes, o que não significa que eles sejam bem utilizados pelos governos. Na Assembleia, o dinheiro da obra o foi, porque a construção teve custo abaixo do orçamento e com uma qualidade invejável, para servir a população durante décadas e mais décadas. Claro que há ainda muito a fazer, muitos desafios, muitas dificuldades, muitos erros a serem corrigidos, mas a verdade é que, mesmo com todos os obstáculos de percurso e, de vez em quando com algumas tranqueiras na política e na administração pública nos atrapalhando, ainda temos muitos diferenciais positivos. A atual Assembleia encerrou a legislatura de quatro anos, passando metade das cadeiras a novos deputados e mantendo metade dos eleitos, com mais acertos do que erros. Que preste serviços ainda melhores e que avance muito mais em benefício do Estado, a partir de agora, no seu novo e suntuoso prédio!




PRESIDÊNCIA: SEM NOME DEFINIDO
Claro que a eleição para a presidência da Casa, que acontecerá no próximo 1º de fevereiro, uma sexta-feira, na casa de shows Talismã (a partir das 14 horas), foi assunto dos bastidores, mesmo durante a festiva terça-feira. Destacou-se, nesse com texto, o discurso do governador Marcos Rocha, afirmando que não tem porque influir na disputa do comando da Assembleia. Falando num tom conciliatório e cheio de respeito ao Parlamento, o Governador afirmou ser amigo de todos os deputados, que tem conversado com cada um e que não vê qualquer risco de relacionamento, seja quem for o futuro comandante da Casa. Entre os deputados, já há consenso entre o grupo que certamente terá maioria dos votos, na eleição daqui a 10 dias, de que existe sim uma ampla maioria formada para eleger o Presidente.  Mas não existe nada de concreto em quem será o nome escolhido, já que, do grupo, pelo menos meia dúzia de participantes estariam apto a comandar a casa. Um dos deputados que faz parte desta ala que já teria ampla maioria de votos afirmou ontem, pedindo para que seu nome não fosse divulgado, que “há vários companheiros aptos para assumir a missão e não há nada decidido ainda em termos de nomes”. As conversas internas, obviamente, continuarão nos próximos dias. 

O GENERAL DO DNIT VEM AÍ!
Será um oportunidade única, porque não se sabe quando ele voltará. Na próxima semana, o diretor geral do Dnit, general Antônio Santos Filho, que recém assumiu o posto, no novo governo Bolsonaro, virá a Rondônia. O comandante do principal órgão nacional de grandes obras rodoviárias, vai rodar, segundo informações vindas do Dnit local, cem por cento de toda a malha de estradas federais em Rondônia. Verá o que já foi feito e verá o que é mais urgente para melhorar o sistema de transportes no Estado Uma das principais rodovias que será visitada pelo general Santos Filho, será nossa perigosa e mortal BR 364, que, enquanto não for duplicada, vai continuar sendo a Rodovia da Morte. Será uma chance enorme para o governador Marcos Rocha  lidere autoridades estaduais, prefeitos, líderes empresariais e do agronegócio, para reivindicar mais investimentos e mais recursos financeiros não só para manutenção das rodovias federais rondonienses, mas também de outras que o Estado precisará daqui para a frente. O general do Dnit também deve visitar a fase final das obras da Ponte sobre o Rio Madeira, em Abunã, que deverá ser entregue em agosto próximo. 

PORQUE 2021 E NÃO 2022?
Houve alguma estranheza sobre a foto publicada na coluna de ontem, afirmando que 2021 está  chegando, sobre imagem do senador Marcos Rogério. Não foi erro. Foi para sublinhar que, embora a eleição seja em 2022, daqui a quatro anos, portanto, a campanha começa mesmo um ano antes. Ou seja, já no segundo semestre de 2021, as candidaturas aparecem, são postas, embora nem todas e consolidem e vão em frente. Já há sim postulantes, embora todo esse tempo pela frente. Além de Marcos Rocha, que se fizer um bom governo terá grande chance de reeleição, Marcos Rogério e Léo Moraes, dois nomes entre os novos na política, embora já tarimbados, podem aparecer como nomes ao Governo. Que ninguém esqueça também de outro cara nova, Vinicius Miguel, campeão de votos em Porto Velho. Isso sem contar com deputados estaduais e federais, e até prefeitos, o da Capital e alguns do interior, que certamente se destacarão daqui para a frente e que poderão aparecer numa eventual lista de candidatos. Tudo é muito cedo, claro. Mas é bom lembrar que estamos no Brasil, onde uma eleição termina e já começa outra.  

CONSEGUIRAM IMPLODIR O TRANSPORTE
Durante muito tempo, o serviço de transporte coletivo tem sido usado como escada para caça votos. Ao longo dos anos, um lei idiota aqui; uma lei irresponsável ali; outra sem pé nem cabeça acolá; mais uma feita especialmente para destruir um sistema criado depois de anos de desafios e esforços e, enfim, chega-se ao fundo  poço. A tal ponto que um consórcio que tem o direito de explorar o serviço, que poderia ser de qualidade muito boa e lucrativo, como deveria ser um negócio em qualquer país capitalista, vai à Justiça para desistir do negócio. Como seu contratante – a Prefeitura – não consegue cumprir sua parte nos acordos feitos e a Câmara de Vereadores aparece, de vez em quando, com novas benesses para que alguma categoria ou alguma maioria ou alguma minoria ande de graça nos ônibus, claro que com as empresas bancando essa bondade política, a tendência é dar à lógica: quebrar o negócio. Agora, em Porto Velho, o sistema implodiu. A Prefeitura tenta algumas medidas, como acabar com uma absurda “tarifa social” a 1 real, como  se o dinheiro dos outros (no caso das empresas),  desse em árvore. Outras medidas são anunciadas, talvez agora tarde demais. É um negócio absurdo, onde todos perdem e o porto velhense mais pobre, que depende do ônibus, torna-se o maior de todos os perdedores. Lamentável! 

PARCEIROS DA COREIA
O ex governador Daniel Pereira e o ex superintendente da Suder (Superintendência de Desenvolvimento Econômico do Estado), Basílio Leandro, serão homenageados pela Câmara do Comércio Brasil/Coreia.  Basílio, hoje na chefia de gabinete do prefeito Hildon Chaves, foi convidado para ser o presidente do Instituto de Comércio Brasil/Coreia e Daniel Pereira, como ex governador e atual superintendente do Sebrae, como vice-presidente de honra. A posse de ambos acontecerá em março, numa solenidade especial em São Paulo. Em maio, os dois representantes rondonienses vão participar de uma comitiva de políticos e empresários que irão à Coreia, tratar da ampliação de negócios entre os dois países. O governador Marcos Rocha, o prefeito Hildon Chaves e o presidente da Fiero, Marcelo Thomé, entre várias outras autoridades rondonienses, serão convidadas a fazer parte do grupo local que irá aos coreanos, tratar de investimentos em nosso Estado. 

TEM QUE CUIDAR DA CIDADE!
O prefeito Hildon Chaves tem razão: mesmo com todas as obras de drenagem que sua administração está realizando, nada conseguiria impedir que boa parte da cidade ficasse alagada naquele fatídico dia em que choveu, em três horas, o equivalente a 40 por cento de toda a chuva prevista para o janeiro inteiro.  Tem razão também em reclamar que muita gente, mesmo com todos os apelos, esforços e pedidos da administração municipal, continua jogando lixo nos bueiros e entupindo canais com fogões, sofás, camas, pneus, madeiras, restos de construção e o escambau. Não há solução para o grave problema das cheias na Capital, que já é grave, até por termos uma cidade plana, onde o escoamento das águas é difícil, caso não houver ajuda, cuidado, apoio, participação efetiva da população. Claro que não entupir bueiros e canais não resolve todos os problemas. Os próprios governos municipais, há anos, não cumpriram sua parte, porque se cada um tivesse feito um pouco, certamente a situação estaria bem melhor. Mas que o envolvimento do porto velhense, ajudando a cuidar da sua cidade seria de grande importância, não há  dúvida.  

PERGUNTINHA
Você concorda ou não com a decisão de várias Prefeituras – como Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná e Rolim de Moura – em não gastar nenhum centavo de dinheiro público para o carnaval, já neste ano?



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