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porto velho, sexta-feira 29 de novembro de 2024
BRASÍLIA DF - A saída era esperada. No sábado (16.fev), o próprio Bebianno disse ser a “tendência”. Um dia antes, teve uma conversa áspera com o presidente, que o chamou de “X9” e “f.d.p.”.
Apesar do trabalho de ministros e a garantia do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, de que Bebianno permaneceria no cargo, prevaleceu a contrariedade de Bolsonaro com seu agora ex-subordinado.
O PORQUÊ DA CRISE COM BEBIANNO
Bebianno estava na berlinda desde que a Folha de S. Paulo publicou reportagem em que explica um suposto esquema de candidatas-laranja orquestrado nas eleições de 2018. O hoje ministro era presidente nacional do PSL à época. Ele nega. Disse que conversou 3 vezes com Bolsonaro e que estava tudo bem.
A situação de um dos assessores mais próximos de Jair Bolsonaro na época de campanha começou a se agravar quando o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) tuitou para acusar o ministro de mentir sobre as conversas com o presidente. Divulgou áudio para expor o ministro. Bolsonaro, o pai, retuitou.
Em entrevista à TV Record na 4ª feira (13.fev), Bolsonaro citou pela 1ª vez a possibilidade de demitir o ministro. “Se [Bebianno] estiver envolvido e responsabilizado, o destino não pode ser outro que não voltar às suas origens”, disse o capitão reformado do Exército.
VAZAMENTO DE ÁUDIOS
O principal motivo para a raiva do presidente, no entanto, veio ao saber detalhes de vazamentos de aúdios que compartilhou com Bebianno. Bolsonaro decidiu contar a história completa para todos os seus ministros que estavam em Brasília na 6ª feira (15.fev).
Diante de ministros em silêncio, o presidente relatou ter havido “quebra de confiança”. Ninguém discordou. Era como se todos endossassem, calados, a eventual demissão de Bebianno.
O general Floriano Peixoto será o substituto de Bebianno.
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