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Corrida pela Prefeitura de Ji-Paraná já tem muitos nomes viáveis


Sérgio Pires

Publicada em: 28/02/2019 08:23:00 - Atualizado


RONDÔNIA - A sucessão municipal já é tema recorrente em várias cidades rondonienses. Como, por exemplo, em Ji-Paraná. Por lá, as coisas andam ainda sem muitas definições. O que se fala é que o atual presidente da Assembleia Legislativa, deputado Laerte Gomes, aparece como o nome mais forte para as urnas, em 2020. Ele terá, caso não haja nenhuma mudança de rumo, apoio de pesos pesados, como o  do seu companheiro e um dos maiores nomes do PSDB no Estado, Expedito Júnior, além de vários deputados e importantes lideranças. Laerte se torna uma figura importante no caminho da sucessão. Mas ele mesmo prefere não falar muito sobre o assunto, ainda, até por considerar muito cedo. E por decidir que sua grande prioridade é fazer um grande mandato à frente da Assembleia Legislativa, coisa, aliás, que ele começou com sucesso. Também já se ouve é que o grupo político da família Gurgacz lançará o nome do deputado Airton Gurgacz, como seu representante para a corrida municipal. O ex prefeito Jesualdo Pires, do alto dos seus mais de 195 mil votos para o Senado, na última disputa e da grande aprovação que teve ao comandar a cidade, também não se posicionou ainda, mas fala-se que a esposa dele, dona Lilian Pires, poderia ser uma opção muito viável na corrida pela Prefeitura.

Além de Laerte, Airton Gurgacz e Lilian Pires, há sim outros nomes que aparecem no rol daqueles que podem pensar em comandar a segunda maior cidade de Rondônia. Um deles é o atual prefeito, Marcito Pinto, que era vice de Jesualdo e assumiu quando ele saiu para concorrer ao Senado. Marcito tem dito que não quer a reeleição, mas sofre pressões para que repense sobre o assunto. O vereador Afonsinho, presidente da Câmara, é outra opção que não pode ser descartada. Tem grande prestígio na cidade e, na hora H, seria uma das surpresas na corrida ji-paranaense. Mas surpresa mesmo poderá vir do PSL. O médico Silmar Camarini, que nunca havia disputado uma eleição, concorreu a uma vaga de deputado federal e, no embalo do sucesso dos partidários de Jair Bolsonaro, conquistou nada menos do que 10 mil votos. Uma candidatura a Prefeito dele, obviamente, passaria pelo sucesso das administrações de Marcos Rocha no Governo do Estado e de Jair Bolsonaro como Presidente. Aos 58 anos, Camarini surge como uma novidade na política de Ji-Paraná.  Dois outros nomes, João Durval e Solange Pereira, não podem ser esquecidos. São personagens que fazem parte da política da cidade. Há ainda outra opção importante: a recém eleita deputada federal Silvia Cristina, um fenômeno eleitoral da cidade. Será que ela toparia? A segunda maior cidade do Estado também começa a se mobilizar para a próxima eleição municipal. Nomes bons não faltam. Mas o quadro só ficará claro mesmo  em meados do ano que vem. Quem será o novo ocupante do Palácio Urupá?

A GRANA SAI SEMPRE DOS MESMOS BOLSOS

“Você sabia que a cada 100 reais de uma conta de luz residencial, em Rondônia, pouco mais de 20 reais vão para a Ceron? O restante  do valor diz respeito aos impostos e aos custos com a transmissão e com a compra de energia. Além disso, em todo o Brasil, as empresas de distribuição de energia, como a Ceron, não podem escolher de quem comprar a energia que vai ser entregue aos seus clientes, aos consumidores de energia”. O texto, simples e direto, sem usar o nome da Energisa, mas apenas da Ceron, foi distribuído pela nova dona da empresa, para informar à opinião pública sobre a real situação dos reajustes de energia que têm sido aplicados pela Aneel, em Rondônia. A intenção é clara: a Energisa quer que o consumidor entenda que não é ela quem determina os preços e que, se todo o custo fosse apenas para os cofres dela, a conta de luz custaria apenas 20 por cento do seu preço atual. É verdade. Os 80 por cento restantes vão para o pagamento dos impostos, tributos, taxas e outras formas vergonhosas do governo assaltar o bolso do pobre contribuinte e consumidor. No final das contas, não importa para onde vai toda essa grana. O que importa é que ela sai sempre dos mesmos bolsos...

O NOVO BUSCA SOBREVIVER

Há quem ache que ele não tem futuro. Mas há também os que têm certeza de que ele tem. E muito. Em sua primeira eleição nacional, o Partido Novo ,já elegeu um Governador (Romeu Zema, de Minas Gerais, um dos principais estados brasileiros); oito deputados federais; onze deputados estaduais e um distrital, em Brasília. Sem usar um só centavo de dinheiro público. Aliás, a grana do Fundo Partidário, que fez a festa da maioria dos partidos, continua na conta do Novo, intocada, num banco. Agora, em nível nacional, o Novo dá o start para uma nova fase. Pensa nas eleições municipais de 2020, mas seu grande alvo mesmo é 2022. Sem caciques. Sem aceitar quem quer que seja que tenha qualquer suspeita de envolvimento com corrupção ou malfeitos. Sem aceitar dinheiro algum que tenha origem em recursos públicos. Teve um candidato à Presidência, o empresário João Amoêdo, que ficou em quinto lugar na corrida presidencial, com mais de 2 milhões e 600 mil votos. O partido quer um candidato forte para 2022 e sonha com o comando do país.

TUDO DIFERENTE NESSE PARTIDO

Aqui em Rondônia, embora ainda pequeno, já que tem pouco mais de 80 filiados/contribuintes (o partido só vive da arrecadação entre seus membros, cada um pagando 29 reais por mês), o Novo também sonha alto: com a cadeira onde recém sentou o Coronel Marcos Rocha. Um dos nomes principais da sigla é o do advogado Fabrício Jurado. Mas o Novo quer novas adesões, novas lideranças. Terá que conseguir ao menos 150 participantes ativos, com pagamentos mensais. Essa é a orientação nacional, vinda do próprio Amoêdo, que reassumiu a presidência da sigla, depois da disputa presidencial. Não será candidato novamente, porque essa é uma orientação do Novo. Aliás, dirigentes de diretórios também não podem disputar eleição, para que não se criem os tradicionais caciques, que mandam e desmandam nos partidos. O presidente regional, Igor Triverio, por exemplo, não pode concorrer a nada. Fabrício foi o candidato ao Senado da sigla, com boa votação. Só pôde disputar, porque um ano antes saiu do comando do diretório estadual.

VAI TER QUE COOPTAR 111 MEMBROS

É mesmo tudo diferente no Novo, que nesta quinta, na Livraria Exclusiva, na Capital, realiza reunião, no final da tarde, para pensar 2020 e 2022 mas, antes de tudo, lançar uma campanha de adesão. Precisa de pelo menos mais 110 membros/contribuintes, para estar dentro das novas normas da sigla, exigidas pela orientação da nacional. Tanto Fabrício quanto Triverio estão otimistas e defendem as decisões do comando nacional. “Como não tocamos em recursos públicos, temos que buscar nosso auto sustento. Se um partido não consegue um mínimo de membros, é como uma empresa que não deu certo”, diz Triverio. Embora sejam poucos os membros, nem todos concordaram com as novas medidas de número mínimo de pagantes para o diretório. O médico Waldemar Katayama, que foi candidato a deputado federal, discordou das decisões e anuncia que deixará a sigla. Pelo jeito, o Novo vai precisar é de 111 membros, um a mais do que a meta.

 

ALEX OU CARLA EM ARIQUEMES?

Os Redano têm futuro na política. O deputado estadual reeleito de Ariquemes, Alex Redano, vai presidir a Assembleia Legislativa no biênio 2020-2022, tão logo encerre o mandato de Laerte Gomes. Ele pode ser candidato à Prefeitura de sua cidade, mas pode ainda permanecer no comando do parlamento e apoiar sua jovem esposa, Carla Redano, atual presidente da Câmara Municipal, para entrar na corrida pela Prefeitura. Carla, a primeira mulher a assumir o comando da Câmara em sua cidade, tem aparecido com destaque na mídia local e estadual. Com o marido em ascensão nas lides da Assembleia, ela pode ser a opção para concorrer contra o jovem e competente prefeito Thiago Flores, que certamente buscará a reeleição. O veterano Ernandes Amorim também anda sendo sondado sobre uma possível candidatura em 2020, mas ele ainda não definiu nada. A disputa em Ariquemes, ao que tudo indica, será mesmo muito acirrada, até porque há outros nomes se destacando na política local. Não se pode esquecer que o empresário e deputado estadual reeleito, Geraldo de Rondônia, é de lá.

LUIZINHO É CORINGA EM VILHENA

Tem um nome que, se entrasse na briga pela Prefeitura de Vilhena, seria imbatível. Ele chegou a 17 mil votos na sua última reeleição para a Assembleia, a grande maioria obtidos em sua cidade. É um líder político da região, mas, ao que se sabe, a ideia de ser Prefeito não o cativa. Luizinho Goebel dificilmente seria derrotado, caso decidisse disputar o cargo. É creditada a ele, inclusive, grande parcela da vitória do atual prefeito, Eduardo Tsuru, o Japonês, que está num mandato tampão, depois da cassação da prefeita Rosani Donadon.  Vários nomes estão cotados para a corrida pela Prefeitura, embora ainda a muita distância da futura campanha, incluindo-se na relação o do poderoso empresário Jaime Bagatolli, outro membro do PSL que, de um nome desconhecido no Estado (embora famoso na sua região), obteve nada menos do que 212 mil votos para o Senado e por pouco não desbancou o duas vezes governador Confúcio Moura. Junto com Japonês, que vai à reeleição novamente com total apoio de Luizinho (o que já é uma grande vantagem)  Bagatolli surge como um nome em potencial. Não maior que a representante do clã dos Donadon, a mesma Rosani Donadon, que perdeu o mandato por firulas da nossa complexa legislação eleitoral. Há vários outros nomes, mas, entre todos, Luizinho Goebel é o coringa.  

QUE NOS LIVREMOS DESSAS PRAGAS!

Mais uma bomba explode nos meios políticos, com a informação de que executivos da empreiteira OAS deram pelo menos 125 milhões de reais em propinas e caixa dois para mais de duas dezenas de políticos, uma turma da pesada que representa nada menos do que oito partidos. A nova denúncia da Operação Lava Jato envolve alguns dos nomes mais conhecidos das últimas décadas, na grande política brasileira. Estão na relação da denúncia de corrupção, o reincidente Aécio Neves e outros figuras carimbadas do que de pior a vida pública brasileira produziu desde longo tempo. Como Edison Lobão, o presidiário Eduardo Cunha; o ex prefeito do Rio, Eduardo Paes; Eunício Oliveira, ex presidente do Senado, que já tem outras acusações e o ex- governador petista e atual senador da Bahia, Jacques Wagner e José Serra, outro tucano enrolado. Lá estão também Marco Maia e Lindenberg Farias. Está na relação ainda o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que teria recebido menos de 50 mil, mas recebeu. Tem muito mais gente envolvida. Claro que tudo agora precisa ser comprovado, porque apenas as delações premiadas não significam condenação. Mas é bom que todos os culpados sumam da vida pública e paguem por seus crimes. Ao menos é o que pede esse novo Brasil que estamos vivendo.

PERGUNTINHA

O que você achou dos elogios que o presidente americano fez ao líder comunista da Coreia do Norte, um dos ditadores mais sanguinários do Planeta?


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