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O ex-presidente Michel Temer deixa sua casa em direção à Polícia Federal, em São Paulo (SP) - 09/05/2019 (Amanda Perobelli/Reuters)
BRASIL - O ex-presidente Michel Temer (MDB) deixou o Comando de Policiamento de Choque da Polícia Militar, em São Paulo, na início da tarde desta quarta-feira, 15. O emedebista estava preso preventivamente desde a última quinta-feira, 9, em uma sala de Estado Maior, espaço individual e sem grades, diferente de uma cela de prisão. Na quarta-feira, 14, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu libertá-lo. O político agora segue para sua residência, na capital paulista.
Por quatro votos a zero, os ministros do STJ Saldanha Palheiro, Laurita Vaz, Rogério Schietti e Nefi Cordeiro votaram para libertar Temer e o policial reformado João Baptista Lima Filho, conhecido como Coronel Lima, com medidas cautelares. O ex-presidente estará impedido de se relacionar com outros investigados, mudar de endereço, sair do país e exercer cargos públicos e partidários.
Temer e Lima são alvos da Operação Descontaminação, desdobramento da Operação Lava Jato no Rio para investigar desvios em contratos de obras na usina Angra 3, construída e operada pela Eletronuclear, estatal que recebia influência política do emedebista e aliados dele.
Quando a ação foi deflagrada, em março, Temer foi preso e passou quatro dias detido na Superintendência da PF no Rio, até ser solto por uma decisão liminar do desembargador federal Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2).
Na quarta-feira, 8, no entanto, a Primeira Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) suspendeu a decisão de Athié e mandou prender Temer novamente, assim como João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, amigo do emedebista há mais de 30 anos e suspeito de ser operador de propinas destinadas a ele.