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    porto velho, sábado 28 de setembro de 2024

Quando for certificada, compraremos a vacina diz Bolsonaro

Ainda neste mês, o Butantan espera receber 600 litros de matéria-prima da Sinovac para iniciar a produção local da vacina.


Assessoria

Publicada em: 25/11/2020 15:04:50 - Atualizado

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quarta-feira (25) que pretende adquirir e distribuir uma vacina contra a Covid-19, assim que for certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"Vacina, uma vez certificada pela Anvisa, nós compraremos para que a população possa, de forma voluntária e gratuita, receber a aplicação", declarou ele durante um encontro com investidores promovido pelo Grupo Voto, em São Paulo.

Bolsonaro não mencionou a Coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

No fim de outubro, o presidente afirmou, em resposta ao comentário de uma pessoa no Facebook, que a Coronavac não seria comprada pelo governo federal. "Presidente, a China é uma ditadura, não compre essa vacina, por favor. Eu só tenho 17 anos e quero ter um futuro, mas sem interferência da ditadura chinesa", escreveu o indivíduo. Bolsonaro respondeu: "Não será comprada."

Dias antes, ele havia afirmado a apoiadores que a vacina "não será obrigatória e ponto final", e criticou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que defendeu a obrigatoriedade da dose.

Coronavac no Brasil

O primeiro lote de doses prontas da vacina Coronavac – 120 mil doses, suficientes para vacinar 60 mil pessoas –, vindas da China, chegou no dia 19 de novembro a São Paulo. O imunizante está em fase 3 dos estudos clínicos.

Ainda neste mês, o Butantan espera receber 600 litros de matéria-prima da Sinovac para iniciar a produção local da vacina. O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, estima que o instituto será capaz de produzir 46 milhões de doses de vacinas até janeiro.

Dados preliminares dos testes clínicos com a vacina publicados na semana passada na revista científica The Lancet mostraram que a substância induziu uma rápida resposta imune, mas o nível de anticorpos produzidos foi menor do que o visto em pessoas que se recuperaram da doença.

Embora os testes em estágios inicial e intermediário não tenham sido desenvolvidos para determinar a eficácia da Coronavac, os pesquisadores disseram que ela pode fornecer proteção suficiente, com base na experiência com outras vacinas e em dados de estudos pré-clínicos em macacos.


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