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Indiciamento de Haddad atrapalha possível candidatura de Lula


Rondonoticias

Publicada em: 16/01/2018 10:24:34 - Atualizado

Dois dos principais nomes do PT cotados para assumir postos-chave, durante a campanha presidencial, Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann, são alvos da justiça e representam mais uma "dor de cabeça" para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ainda tem de lidar com a possibilidade de ver sua candidatura impugnada, caso seja considerado culpado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

O julgamento do petista ocorre no próximo dia 24, em Porto Alegre. Na oportunidade, os desembargadores da Corte vão analisar recurso impetrado pela defesa de Lula, contra a condenação em primeira instância, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, a nove anos e meio de prisão. A sentença se refere ao caso do triplex no Guarujá (SP).

Nessa segunda-feira (15), o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, indicado para ser um dos coordenadores do programa de governo de Lula, foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por recebimento de caixa 2, durante a campanha para a prefeitura, em 2012.

A investigação se baseou no delação premiada de ex-executivos da empreiteira UTC, entre eles, o ex-presidente da empresa, Ricardo Pessoa. Ele contou que fez pagamentos paralelos na campanha de Fernando Haddad. As transações foram operacionalizadas pelo doleiro Alberto Yousseff para uma gráfica de São Paulo.

Segundo os relatos, foram feitos pagamentos por depósitos bancários e em espécie para a gráfica no valor total de R$ 2,6 milhões.

A assessoria de imprensa do ex-prefeito afirmou que “não há o mínimo indício de qualquer participação de Fernando Haddad nos atos descritos por um colaborador sem credibilidade, cujas declarações já foram colocadas sob suspeita em outros casos”. Segundo o ex-prefeito, ao longo do processo o dono da gráfica negou ter recebido recursos da UTC para quitar a dívida de campanha.

A situação também complica a chance de Haddad ser apresentado como candidato do PT à Presidência, em caso de impedimento de Lula, conforme destaca matéria do jornal O Globo.

Além dele, a senadora e presidente do partido, Gleisi Hoffmann, que pode vir a ser a coordenadora da campanha petista, é ré por corrupção e lavagem de dinheiro, no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em nota, ela voltou a falar em "partidarização de setores do sistema policial e judicial, que abusam da autoridade para promover perseguição política”. De acordo com texto assinado pela senadora, “não pode ser mero acaso” o indiciamento de Haddad a nove dias do julgamento de Lula pelo TRF-4.


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