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Lula ataca Moro, Bolsonaro e rede globo em discurso para militância

A fala aconteceu na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista...


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Publicada em: 10/03/2021 13:55:52 - Atualizado

Ainda na expectativa de o Supremo Tribunal Federal considerar o ex-juiz Sérgio Moro suspeito para julgá-lo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez seu primeiro pronunciamento nesta quarta, 10, após a decisão que anulou todas as suas condenações na Operação Lava Jato e o deixou elegível para 2022. Lula se disse "livre" da Lava Jato. "Não tenham medo de mim", disse o ex-presidente, que adotou um tom de candidato apesar de afirmar "seria pequeno" se estivesse pensando na eleição presidencial neste momento.

Lula afirmou que irá procurar empresários e que quer convencê-los de que o crescimento passa por garantir emprego e renda para os mais pobres. “Sou radical. Eu sou radical porque quero ir até as raízes dos problemas do País". Ele também mandou um recado para o setor privado: "Por que o mercado tem medo de mim? Esse mercado já conviveu com o PT oito anos comigo e mais seis com a Dilma. Qual é a lógica? Eu não entendo esse medo, eu era chamado de conciliador quando presidia. Quantas reuniões fazia com os empresários? Dizia: 'O que vocês querem? Então, vamos construir juntos'."

A fala aconteceu na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Na segunda, 8, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, declarou a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar quatro ações relativas ao ex-presidente, anulando todas as decisões de Moro nos respectivos processos, devolvendo a Lula seus direitos políticos e o tornando apto a disputar eleições.

Lula agradeceu Fachin pela decisão, mas lamentou que a Corte só tenha tomado a decisão agora. "Não sei porque a Corte só decidiu agora, entramos com recurso em 2016. Mas passou por todas as instâncias do Poder Judiciário, que tem sua morosidade. O meu tempo não era o tempo deles", afirmou. Disse que a "verdade" foi dita, ao citar ainda os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski no julgamento do processo sobre a suspeição de .

O petista disse que não vai descansar enquanto Moro não for considerado suspeito. "Nós vamos continuar brigando para que o Moro seja considerado suspeito porque ele não tem o direito de ser o maior mentiroso da história do Brasil e ainda ser considerado herói. Deus de barro não dura muito tempo". O julgamento da suspeição de Moro está empatado em 2 a 2 na Segunda Turma do STF. O ministro e adiou o desfecho do caso.

Questionado se será candidato nas próximas eleições, Lula afirmou: “Eu seria pequeno se estivesse pensando em 2022 nesse instante”. Ele deixou em aberto, ainda, a possibilidade de uma candidatura própria do PT ou uma frente ampla com outras legendas de esquerda, e disse que o partido deve, agora, “percorrer o País” e ouvir a população, o que o ex-prefeito Fernando Haddad já estaria fazendo. Ele disse estar convencido da possibilidade de alianças.


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