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Brasil poderia ter sido 1º país a vacinar contra Covid-19, diz Covas à CPI

Ele disse que em julho foram ofertados 60 milhões de doses, com entregas previstas para o último trimestre de 2020.


cnn

Publicada em: 27/05/2021 09:56:40 - Atualizado

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou nesta quinta-feira (27) à CPI da Pandemia que o Brasil poderia ter sido o primeiro país do mundo a começar a imunização contra o novo coronavírus se "houvesse agilidade de todos os atores" envolvidos na questão regulatória e contratual das vacinas.

"O mundo começou a vacinação no dia 8 de dezembro. No final do mês, tinham sido aplicadas pouco mais de 4 milhões de doses no mundo e nós tínhamos 5,5 milhões [prontas e estocadas], sem contrato com o Ministério", disse o diretor do Butantan, em sua fala inicial à comisão.

"Poderíamos ter iniciado a vacinação antes do que começou, tínhamos as doses disponíveis. Eu, muitas vezes, declarei publicamente que o Brasil poderia ser o primeiro país do mundo a começar a vacinação não fossem os percalços que tínhamos que enfrentar nesse período, tanto do ponto de vista do contrato como do ponto de vista regulatório."

Ele afirmou ainda que enquanto outros países tinham definido os critérios para uso emergencial das vacinas em meados de 2020, no Brasil a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) só adotou regulamentação do tipo em dezembro. "Então, isso também causou um atraso nesse processo."

Três propostas ao Ministério da Saúde em 2020

O diretor do Butantan também afirmou que fez três propostas em 2020 para o fornecimento da Coronavac ao Ministério da Saúde: em julho, agosto e outubro.

Ele disse que em julho foram ofertados 60 milhões de doses, com entregas previstas para o último trimestre de 2020.

Depois, em outubro, a oferta foi ampliada para 100 milhões de doses, sendo que 45 milhões seriam produzidas no Butantan até dezembro de 2020, 15 milhões até fevereiro de 2021 e o restante até maio.

"Tudo aparentemente estava indo muito bem, tanto que em 20 de outubro fui convidado pelo [ex-]ministro [">Eduardo] Pazuello

"A partir desse ponto, é notório que houve uma inflexão. E digo isso porque saímos de lá muito satisfeitos e achávamos que, de fato, teríamos resolvido parte desse problema.



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