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'Capitã cloroquina', registra queixa de ameaça contra chefe de gabinete de Queiroga

O site tenta contato com a secretária Mayra Pinheiro, com a assessoria do ministro Onyx Lorenzoni e o Ministério da Saúde para comentarem o caso.


g1

Publicada em: 07/10/2021 15:14:23 - Atualizado

A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como "capitã cloroquina", registrou uma queixa contra o chefe de gabinete do ministro da Saúde, João Lopes de Araújo Júnior. Conforme boletim de ocorrência, a secretária diz que tem sido ameaçada e acusada injustamente em conversas por aplicativo de mensagem.

A informação foi obtida pela rádio CBN e confirmada pelo site com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). De acordo com as mensagens, João Lopes estaria acusando Mayra de atuar, em conjunto com o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, pela demissão do ministro Marcelo Queiroga.

O site tenta contato com a secretária Mayra Pinheiro, com a assessoria do ministro Onyx Lorenzoni e o Ministério da Saúde para comentarem o caso.

Troca de mensagens

A CBN apurou que, por meio de mensagens, João Lopes disse que Mayra está "cometendo um crime" e que ela "não tem qualquer lealdade ao ministro [Queiroga]".

O chefe de gabinete também afirma que sabe da ligação da secretária com o ministro Onyx Lorenzoni e diz que conhece "todos os nomes envolvidos nessa tentativa de retirada do ministro". Por fim, João teria dito para Mayra ter cuidado e "se preparar", porque "vai ver a mão de Deus" sobre ela.

A secretária ficou conhecida pela atuação em defesa da cloroquina, comprovadamente sem eficácia contra a doença causada pelo novo coronavírus. Em maio, Mayra Pinheiro foi convocada pela CPI da Covid no Senado Federal para depor e reforçou a defesa do tratamento precoce — bandeira amplamente defendida pelo presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) e por seus apoiadores.

'Ameaça'

O caso foi registrado como "ameaça", na Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da delegacia eletrônica, com imagens e arquivos de áudio e de vídeo anexados.

O registro, segundo a corporação, foi encaminhado para apuração pelo Departamento de Polícia Federal, em razão da vítima e o possível autor serem servidores públicos federais e "o possível crime de ameaça ter ocorrido em razão do exercício de suas funções[...]. Diante do exposto, determino o encaminhamento do presente expediente ao DPF", informou a Polícia Civil.



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