PORTO VELHO – RO - O Programa "A Voz do Povo", apresentado pelo jornalista e advogado Arimar Souza Sá, que vai ao ar, ao vivo, de segunda à sexta-feira do meio-dia às treze horas em Porto Velho, pela Rádio Caiari 103,1 recebeu na quarta-feira, 10, o ex-ministro da Previdência Social, ex-senador da República, Amir Lando.

Na oportunidade, Lando falou sobre o panorama político nacional e regional e anunciou que pretende concorrer a única cadeira no Senado federal representando Rondônia. 

Sobre as eleições majoritárias no Estado, quando foi questionado sobre as chances do governador Marcos Rocha-União Brasil, emplacar sua reeleição, o ex-senador comentou que, apesar da decisão ser do eleitor, ele não vê chances de Rocha ser reeleito.

Questionado por um ouvinte, quanto  a candidatura do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, à presidência da república, como sendo uma terceira via no certame, o ex-parlamentar  disse não acreditar que ele tenha sustentação política, pois, apesar de ser o homem da lava jato e ter feito um  trabalho interessante, “cometeu excessos”, e todo “excesso será castigado”, apontou o ex-congressista.

No que se relaciona a crise instalada nos Poderes da República, agora com o chamado “orçamento secreto”, que está em votação, e movimenta o cenário no planalto central, Lando se manifestou taxativo; “Sou totalmente contra a emenda de relator. É coisa não esclarecida, não há transparência, e é um retrocesso porque temos que dar sim clareza sobre os fatos”.

E, complementando seu raciocínio, disse que não seria justo, nem muito menos igualitário, tendo em conta que em uma  democracia não pode haver favorecimentos. “Todo privilégio é mal visto, e não é nítido. Porque na democracia, que temos que praticar  o fundamento da igualdade.  São esses privilégios que sou contrário e acredito que o orçamento tem que ser acessível ao público, dando publicidade. O povo tem que controlar isso também”.

Lando também comentou sobre o plano de ajuda emergencial estipulado para a população durante e após à pandemia. Disse ser, totalmente à favor, mesmo que se tenha como se diz, “furar o teto” orçamentário federal. "Destinar recursos para combater a fome dos pobres, a meu ver, está por cima de qualquer picuinha política."

Ainda conforme  Amir Lando, ele não vê a questão como um entrave, mas como de vital importância para que a  população possa garantir o prato na mesa. Do contrário, eles querem que as pessoas continuem buscando ossos nos frigoríficos para poder garantir uma comida, isso sim é que não pode ocorrer, esbravejou.

Um ouvinte que participou atentamente do programa disparou: "Juntando os três senadores, não dá a metade de um Amir Lando", ao que em um exercício de humildade respondeu: Agradeço sua generosidade, mas continua sendo um eterno aprendiz.