PORTO VELHO-RO: O vice-governador de Rondônia, Daniel Pereira-PSB, participou no final da tarde desta segunda feira, 05, do Programa de Rádio e TV Rondônia em debate, levado ao ar em rede estadual, apresentado pelo jornalista e advogado Arimar Souza de Sá.

Na pauta a celeuma que fez o governador Confúcio Moura desistir de renunciar ao governo para uma possível candidatura ao senado.

Ele abriu a entrevista dizendo que na última quarta, 28/02, esteve com o governador Confúcio Moura-MDB e ele garantiu que estaria renunciando ao cargo de chefe do executivo estadual, antes da data prevista, 05 de abril. “Já que eu vou sair, vamos fazer, de comum acordo, a troca daquelas pessoas que são candidatos e assim fizemos. Hoje de manhã, no entanto, fui surpreendido com a demissão das pessoas que ele próprio autorizou a trocar e que tiveram meu beneplácito”.

Instado pelo apresentador sobre possível rancor, Daniel disse que não sente magoas de Confúcio, mas seu sentimento é de tristeza. “Desde o primeiro dia de governo até ontem, não tive qualquer tipo de menor atrito com o governador. “Como vou encontrar uma resposta para atitude do sujeito que hoje se diz meu maior inimigo, quando até ontem ele me convidou para me candidatar, sugeriu até que meu vice fosse o Vagner – secretário de fazenda e me hipotecou total apoio”.

Daniel explicou que, do ponto de vista de sua relação com o governador, acredita nada tem a ver com esta situação. “Aliás é preciso admitir, o Confúcio tem um discurso muito bacana de promover as pessoas que têm mérito”

O vice-governador deu conhecimento ao telespectador e ao pool de emissoras que retransmitia o programa, que circula nas redes sociais um áudio em que o deputado Maurão de Carvalho-MDB numa conversa com o deputado Jesuíno, tratam de promover um impeachment contra o governador.

Sobre como vai ser doravante sua relação com o governador, Pereira admitiu que “azedou”. Ele aproveitou a audiência do programa e pediu o governador para vir a público e explicar o porquê de ter exonerado dois dos melhores quadros do Governo para atingi-lo.

Quanto ao possível perdão que possa derivar numa composição com o governador, Daniel disse que “Se ele conseguir me explicar sua atitude e me convencer, eu volto a conviver legal porque afinal, não sou nenhum aloprado”.

Pereira citou o nome de supostos desafetos seus no governo: Emerson Castro – chefe da Casa Civil, Rosana – secretária de assuntos estratégicos que, segundo ele, no momento em que o governador mais precisou, por ocasião de sua condução coercitiva, Castro teria se afastado para tratar de negócios na Bahia.

Pereira disse ainda que Castro e Rosana que se dizem protetores do governador, parece que têm algo a esconder além de suas funções.

Daniel elegeu como causa principal da desistência de Moura, uma suposta chantagem feita pelo deputado Jesuino Boabaid, em companhia do presidente do Legislativo, contra o governador.