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porto velho, sábado 28 de junho de 2025
Relatora da indicação de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF), a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) afirmou, nesta quarta-feira (1º/12), que o ex-ministro da Justiça deverá ter o nome aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, posteriormente, no plenário do Senado Federal.
Segundo a parlamentar, a demora do presidente do colegiado, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), em pautar a sabatina reverteu o quadro de rejeição ao nome do ex-advogado-geral da União na Casa.
“Há algumas semanas havia uma certa celeuma, uma certa polêmica em torno do nome dele e isso acabou se dirimindo. O tempo, a demora na sabatina da indicação, acabou abrindo um cenário que o favoreceu”, explicou, sinalizando que será uma “votação tranquila” e com número de votos favoráveis em plenário acima de 49.
A senadora, que é a primeira mulher a relatar uma indicação à Suprema Corte, defendeu que o relatório partirá de uma “avaliação técnica e não ideológica”.
“Houve uma polemização no nome do André por questão ideológica. Essa demora também trouxe uma mobilização maior. Sinto, hoje, que ele poderá ter uma aprovação aqui e no plenário”, prosseguiu Eliziane.
Mendonça, o candidato “terrivelmente evangélico”, foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 13 de julho, um dia depois da aposentadoria de Marco Aurélio Mello. Desde então, o STF tem apenas 10 magistrados.
Nesse período, Mendonça fez peregrinação pelo Senado, onde visitou mais de 90% dos parlamentares atrás de apoio.