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    porto velho, sexta-feira 3 de maio de 2024

Ministro do GSI, Gen. Heleno critica demora de vacina brasileira e diz que 2022 será “cruel”

"Está passando o tempo da pandemia e a vacina brasileira ainda não está disponível", disse general ministro do GSI


metropoles

Publicada em: 15/12/2021 11:33:45 - Atualizado

BRASIL: O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, afirmou que o Brasil tem uma perspectiva “cruel” para 2022 por não produzir uma vacina contra a Covid-19. Heleno fez a declaração nesta terça-feira (14/12), na formatura do Curso de Aperfeiçoamento e Inteligência, para agentes já em atividade na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

O áudio do discurso foi obtido pela coluna. Na fala, Heleno também afirmou que precisa tomar remédios psiquiátricos “na veia” diariamente para não levar Jair Bolsonaro a tomar “uma atitude mais drástica” contra o STF. O general disse ainda que está “muito preocupado” e rezará para que o presidente não sofra um atentado fatal em 2022.

“A guerra pela venda de vacinas é uma guerra suja, é uma guerra movida a muito dinheiro, como nunca houve no mundo tanto dinheiro disponível. Isso está sendo disputado palmo a palmo. Isso significa uma hegemonia mundial. E o Brasil está correndo atrás. Já comentou várias vezes que está produzindo a vacina, não sei o quê, mas está passando o tempo da pandemia e a vacina brasileira ainda não está disponível”, disse Heleno.

Na sequência, o general afirmou:

“Então nós estamos gastando dinheiro que nem temos para poder manter esse nível de vacinação que nós temos hoje, invejável, porque nós não somos produtores da vacina. Um nível invejável de vacinação. Então nós estamos caminhando para um ano extremamente difícil no Brasil. Poucos países têm uma perspectiva tão cruel de 2022 quanto o Brasil.”

Em março, Bolsonaro afirmou em cadeia de rádio e TV que o país seria autossuficiente na produção de vacinas contra a Covid “em poucos meses”, o que não aconteceu.

Das 16 iniciativas de imunizantes que receberam apoio da Rede Vírus, do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), apenas uma terminou.


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