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porto velho, segunda-feira 7 de julho de 2025
A cúpula que coordena o QG de reeleição do presidente Bolsonaro comemora — e prepara como material de campanha — o uso das últimas falas do ex-presidente Lula consideradas “polêmicas”, principalmente a que ele defende o debate sobre o aborto.
A estratégia é colar ao PT a imagem de que, se eleito, o ex-presidente irá avalizar propostas que não têm consenso na sociedade e tem rejeição do eleitor conservador, da chamada pauta de costumes, como a liberação do aborto.
Um ministro do governo Bolsonaro, em tom de ironia, recorreu a uma frase atribuída a Napoleão Bonaparte para resumir ao blog nesta quinta-feira (7) a avaliação feita no Planalto após essa e outras falas do ex-presidente Lula nos últimos dias: “Não interrompa seu adversário quando ele estiver cometendo um erro”.
Além de defender que a liberação aborto seja debatida como tema de saúde pública, Lula disse que a classe média ostenta e sugeriu que as pessoas busquem endereços de parlamentares e cobrem sua atuação no Legislativo na casa deles — e não em protestos em Brasília.
Todas as frases — de improviso — pegaram de surpresa a campanha de Lula e foram consideradas erráticas e com potencial explosivo de desgaste de Lula junto a eleitores do centro e mais conservador, como religiosos. Um dos mais próximos auxiliares do ex-presidente disse ao blog, também resumindo o sentimento no PT com as falas de Lula: “estamos no clube dos atônitos”.