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porto velho, domingo 6 de julho de 2025
Cresceu nos últimos dias entre caciques e lideranças do MDB, do PSDB e do União Brasil a aposta de que fracassará a tentativa de lançar uma chapa única da chamada “terceira via” à Presidência da República nas eleições deste ano.
Em conversas reservadas, João Doria (PSDB) e Luciano Bivar (União Brasil), dois dos três pré-candidatos do grupo, têm demonstrado resistência em abrir mão de suas candidaturas, caso não sejam o nome de consenso escolhido.
Nesse cenário, o temor é de que um dos três partidos se desgarre dos outros dois e decida lançar uma candidatura própria independente. Nos últimos dias, o União Brasil passou a dar sinalizações claras de que pode tomar essa decisão.
Segundo apurou a coluna, Bivar comunicou a lideranças tucanas e emedebistas haver uma pressão grande de setores do União Brasil por uma candidatura própria da sigla. Essa pressão viria principalmente da ala da legenda oriunda do DEM.
A avaliação desse setor do União é de que uma candidatura própria andaria candidatos a governador do partido a não terem de se posicionar na polarização entre Lula e Jair Bolsonaro, além de reforçar o número da sigla na cabeça do eleitorado.
Nesse caso, a aposta é de que o União Brasil pode lançar uma chapa pura ao Planalto. A legenda acredita ter condições de bancar sozinha uma candidatura independente, por ter as maiores fatias do fundo eleitoral e do tempo de TV.
Como já noticiou a coluna, uma ala do União defende que o ex-juiz Sergio Moro , que é filiado ao partido, seja o candidato a vice de Bivar. O nome do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, porém, enfrenta resistência da ala oriunda do DEM.