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    porto velho, domingo 6 de julho de 2025

Presença do presidente Jair Bolsonaro em atos contra STF aumenta tensão com Judiciário

Bolsonaro participou de atos contra o STF neste domingo (1)


Notícias ao Minuto

Publicada em: 02/05/2022 10:18:14 - Atualizado


BRASIL - O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou neste neste domingo (1º) de dois atos de ataques ao STF (Supremo Tribunal Federal). Um dia antes, Bolsonaro havia estimulado a participação dos manifestantes.

Assim, ao ignorar o apelo de aliados, mantém em alta a temperatura do clima de tensão com Judiciário, iniciada desde a condenação do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) pela corte.

Os atos foram convocados sob a alegação de defesa de Silveira, beneficiado por um indulto individual de Bolsonaro dado horas após a condenação pelo STF. O deputado bolsonarista participou presencialmente dos protestos do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Neste 1º de maio, pela manhã, Bolsonaro foi a ato esvaziado contra o STF na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Lá, cumprimentou os presentes. À tarde, entrou ao vivo em vídeo no protesto da avenida Paulista, em São Paulo, onde aliados promoveram ataques ao STF e ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Foi de um carro de som na avenida Paulista, no 7 de Setembro do ano passado, que Bolsonaro exortou desobediência a decisões judiciais e xingou o ministro Alexandre de Moraes,do STF, relator de inquéritos que têm como alvo o presidente e seus aliados.

Antes disso, em abril de 2020, o inquérito dos atos antidemocráticos foi aberto no STF a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) para investigar aliados do presidente envolvidos com as manifestações que defendiam o fechamento de STF e Congresso, além da volta da ditadura militar.

Na última sexta-feira, Bolsonaro havia modulado o discurso de crítica ao Supremo. Em entrevista à rádio disse que não quer peitar a corte, mas afirmou que ela cometeu excesso.

Já ministros do STF, após a nova ofensiva do presidente com ataques ao Judiciário e ao sistema eleitoral, reagiram em série em defesa das urnas e das instituições democráticas e contra pressões políticas na corte.

As declarações ocorrem depois de dias de silêncio ou discrição dos magistrados em meio à tensão entre os Poderes, desencadeada pelo indulto concedido por Bolsonaro a Silveira após sua condenação pelo STF a 8 anos e 9 meses de prisão e agravada por falas do ministro Luís Roberto Barroso sobre as Forças Armadas, rebatidas pelo Ministério da Defesa.



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