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    porto velho, segunda-feira 7 de julho de 2025

Lula e Dilma também defenderam seus governos na Assembleia da ONU em anos de reeleição

Em discursos nas Nações Unidas em 2006 e 2014, petistas exaltaram avanços econômicos, assim como atual presidente


cnn

Publicada em: 20/09/2022 11:28:35 - Atualizado

O presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou nesta terça-feira (20) na 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, e defendeu as ações de seu governo. No ano em que disputaram a reeleição os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) e também exaltaram suas gestões quando tentavam um novo mandato, em 2006 e 2014, respectivamente.

O único que não discursou na ONU durante a campanha de reeleição foi Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Em 1998, ele foi representado pelo então ministro de relações exteriores, Luiz Felipe Lampreia.

Lula e Dilma dedicaram boa parte do discurso para destacar ações de seus governos na área econômica e social. Lampreia, por sua vez, dedicou-se à crise econômica vigente na época, pedindo a cooperação entre os países para o enfrentamento do problema.


Lula, 2006: combate à fome e Bolsa Família

Em seu discurso na ONU, em 2006, Lula ressaltou conquistas do seu governo, principalmente na área social. Segundo o então presidente, o Brasil havia avançado no combate à fome e à pobreza, além de ter promovido a diminuição do desemprego e o aumento do poder aquisitivo.

Ele destacou o Bolsa Família, afirmando que o programa garantia “renda mínima a mais de 11 milhões de famílias”. “Destinar recursos para a área social não é gasto, é investimento”, disse.

O petista pediu o apoio da comunidade internacional para que países subdesenvolvidos e em desenvolvimento também pudessem avançar. “Que não se iludam os países ricos, por mais fortes que hoje sejam, ninguém está seguro num mundo de injustiças”, pontuou.

Ele pediu que o combate à fome e à pobreza fosse uma “prioridade da comunidade internacional”.

O então presidente ainda defendeu o livre comércio, criticando o que chamou de “amarras do protecionismo”. Segundo ele, era preciso que a velha geografia do comércio internacional fosse reformada.

“O comércio internacional será um valioso instrumento para gerar riqueza, distribuir renda e criar empregos”, disse. “Eliminar as barreiras que travam o desenvolvimento dos países pobres é dever ético da comunidade internacional”, acrescentou.

Dilma, 2014: ações afirmativas e avanços econômicos e sociais

A então presidente iniciou seu discurso em setembro de 2014, na ONU, destacando a proximidade do pleito: “Estas eleições são a celebração de uma democracia que conquistamos há quase 30 anos, depois de duas décadas de governos ditatoriais”.

Ela destacou os avanços do Brasil na área econômica, afirmando que foi construída uma “economia moderna” e uma “sociedade mais igualitária”.

Dilma também ressaltou a saída do Brasil do Mapa da Fome, anunciada naquele ano. “Trinta e seis milhões de brasileiros deixaram a miséria desde 2003; 22 milhões somente no meu governo”, disse.

E citou a redução da mortalidade infantil, o avanço do ensino técnico e a ampliação da educação superior. Ao falar deste último, destacou a política de cotas e o programa Ciência Sem Fronteiras.

“Ações afirmativas permitiram o ingresso massivo de estudantes pobres, negros e indígenas na nossa universidade”, disse. “Pelo Ciência Sem Fronteiras, mais de 100 mil estudantes de pós-graduação e de graduação são enviados às melhores universidades do mundo”, completou.



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