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    porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024

Ministério da Saúde cobra ação do Conselho Federal de Medicina contra médicos antivacina

Pesquisa recente do Unicef mostra que cobertura vacinal infantil no Brasil caiu de 93,1% para 71,49%


CNN

Publicada em: 22/04/2023 16:49:15 - Atualizado

BRASIL - O Ministério da Saúde tem cobrado do Conselho Federal de Medicina (CFM) a adoção de medidas contra a desinformação sobre vacinas. Um documento foi enviado ao CFM solicitando ações apoio na sensibilização sobretudo dos profissionais da área conhecidos por fomentar o “negacionismo” no que diz respeito a vacinação.

No ofício, o ministério também reforça as diretrizes do “Movimento Nacional pela Vacinação”, criado pela pasta em fevereiro com a participação de artistas e influenciadores, como forma de se opor às ações antivacina, que teriam aumentado no Brasil durante a pandemia de Covid-19.

Na última semana, durante posse do Conselho de Participação Social, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou a necessidade de combater a desinformação nesta área, ao citar algumas entidades que tem ajudado nesse trabalho.

“O Conselho Nacional de Saúde, mesmo durante o governo anterior, conseguiu manter esse espaço como um bastião de luta contra o negacionismo e atuou decisivamente na mobilização que uniu o Congresso Nacional e o Judiciário para garantir que as vacinas chegassem ao país”, disse.

No pedido ao Conselho de Medicina, o Ministério da Saúde segue a mesma linha. Afirma que a desinformação tem sido propagada pelos próprios profissionais de todas as áreas e que “a hesitação em vacinas tem trazido prejuízos à população”.

O documento foi assinado por Mauro Niskier, secretário-substituto da Vigilância em Saúde e Ambiente. O Ministério da Saúde também destaca que a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o movimento antivacina como uma das dez maiores ameaças à saúde global.

Em resposta, o CFM informou que promove uma campanha informativa desde 2021, buscando sensibilizar os brasileiros em favor desse tema, incentivando a manutenção do cartão vacinal atualizado.

“A referida campanha contou com inserções em redes sociais, TVs e emissoras de rádio. Mensagens de esperança e encorajamento, como ‘A vitória contra o vírus está próxima’ e ‘Vacine-se, pois assim estará protegendo você e sua família’ foram destacadas em cards, vídeos e spots que ainda estão em circulação”, afirmou o CFM em nota.

Além disso, o Conselho ressaltou que o entendimento favorável às vacinas é compartilhado pela ampla maioria dos mais de 550 mil médicos e que posicionamentos que contrariem essa percepção podem ser considerados como exceções.

De acordo com pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) realizada em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em outubro de 2022, a taxa de vacinação infantil no Brasil sofreu uma queda brusca, caiu de 93,1% para 71,49%. Essa queda colocou o Brasil entre os dez países com a menor cobertura vacinal do mundo.

A baixa taxa de vacinação no Brasil fez com que doenças que já haviam sido erradicadas, como o sarampo, a poliomielite, a meningite, a rubéola e a difteria.





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