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Cientistas descobrem como aumentar a longevidade de células em 82%

Pesquisa foi realizada com leveduras, tipo de células fúngicas, e o objetivo é trazer os achados para células humanas


R7

Publicada em: 02/05/2023 07:53:02 - Atualizado

MUNDO: Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Diego (EUA), descobriu como aumentar a longevidade de leveduras, tipo de células fúngicas, em até 82%. A partir desse resultado, os cientistas querem aplicar os mesmos efeitos em células humanas.

A pesquisa, publicada no periódico científico Science, mostrou que as células não envelhecem da mesma maneira. Assim, os estudiosos resolveram alternar os mecanismos de deterioração celular e religá-los geneticamente. 

De acordo com os cientistas, as células passam por mudanças moleculares até sua degeneração e morte.

Entretanto, esse envelhecimento pode ocorrer de duas maneiras: metade das células passa por esse processo devido à deterioração do DNA, e a outra metade, devido à deterioração das mitocôndrias, responsáveis pela energia celular.

A partir daí, eles projetaram uma forma de interromper esse processo.

Por meio de um circuito, chamado de oscilador de gene, os pesquisadores levaram as células da levedura Saccharomyces cerevisiae a alternar entre os dois estados de envelhecimento, de modo que não permanecessem em uma ligação prolongada em cada um, retardando assim o processo degenerativo.

Antes de realizarem o procedimento nas partículas, os cientistas fizeram testes por meio de programas de computador que simularam as intervenções.

Como resultado, eles puderam aumentar drasticamente a expectativa de vida celular, o que estabeleceu um novo recorde de extensão de vida ocasionada por intervenções químicas e genéticas.

"Esta é a primeira vez que a biologia sintética guiada por computadores e os princípios de engenharia foram usados ​​para redesenhar circuitos de genes para reprogramar o processo de envelhecimento e promover efetivamente a longevidade", disse Nan Hao, autor principal do estudo.

Agora, os pesquisadores estão expandindo seus estudos para células humanas, como células-tronco e neurônios.


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