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Vitiligo: entenda a doença que provoca a despigmentação da pele e tratamento

Cerca de 0,5% da população mundial tem a doença, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)


Notícias ao Minuto

Publicada em: 21/06/2018 09:36:50 - Atualizado

No dia 25 de junho, é comemorado o Dia Mundial do Vitiligo. A data foi criada para conscientizar a população sobre a doença e abolir o preconceito em torno dela, já que ainda tem gente que acha que ela é contagiosa – o que não é verdade. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), cerca de 0,5% da população mundial sofre com a perda da pigmentação natural da pele.

A causa ainda não está totalmente esclarecida, mas uma das teorias considera que haja um fator de autoimunidade associado – o próprio organismo destrói os melanócitos, células produtoras de melanina. Na prática médica, também é observada a relação da doença com o fator emocional, que funciona como “gatilho” em muitos casos.

De acordo com a Dra. Camila Marçal, do Instituto da Pelle Madureira, o vitiligo pode ocorrer de forma localizada ou generalizada. “No primeiro, as manchas aparecem em uma parte do corpo, sendo bem comuns em áreas periofaciais (ao redor da boca e olhos) e locais de trauma, como as extremidades ósseas. Quando acomete áreas com pelos, como cílios, sobrancelhas e couro cabeludo, pode haver também a perda da coloração dos fios. Já a forma generalizada tende a se manifestar de forma bilateral, atingindo os dois pés ou as duas mãos, por exemplo”, explica a dermatologista.

Em relação ao tratamento, a resposta é variável entre os pacientes e depende de alguns fatores, como a localização das lesões. Mesmo que não tenha cura, medicamentos tópicos e orais ajudam a estabilizar a progressão da doença. A Dra. Camila detalha ainda duas possibilidades terapêuticas que auxiliam no controle da doença e promovem a repigmentação da pele: fototerapia e transplante de melanócitos.

“A primeira consiste em um tratamento consagrado que repigmenta as regiões afetadas pelo vitiligo através da exposição segura das áreas afetadas à radiação ultravioleta. Já o transplante de melanócitos é indicado para pacientes com manchas estáveis e/ou que não obtiveram melhora com outros procedimentos”, afirma.

A evolução da doença é imprevisível. Em alguns casos, fica estável; em outros, avança ou regride com rapidez, mas não desaparece. Aliado ao tratamento, os pacientes também precisam seguir algumas recomendações, como evitar o estresse, exposição solar intensa e o uso de roupas apertadas, já que elas provocam atrito e pressão na pele. “Além disso, o uso regular do filtro solar é indispensável, principalmente porque a pele sem melanina fica desprotegida”, alerta a médica.



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