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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
RONDÔNIA - Uma equipe do Ministério da Saúde esteve em Rondônia acompanhando o trabalho de combate à malária e sinalizou positivamente a demanda apresentada pela Coordenação Estadual do Programa de Controle da Malária da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) quanto à necessidade de pontos de testes rápidos em áreas de risco da doença para tornar o enfrentamento mais efetivo.
‘‘Neste mês, nós estivemos nos laboratórios de diagnóstico dos municípios de Machadinho do Oeste, onde também visitamos a área onde se pretende construir uma hidrelétrica, Itapuã, além áreas de garimpo, Candeias do Jamari e Porto Velho. Também estivemos no Lacen [Laboratório Central de Saúde Pública]’’, disse o coordenador Estadual do Programa da Malária/Agevisa, Valdir França.
Ele destacou que desta visita às áreas de garimpo, em Itapuã do Oeste, surgiu o compromisso da equipe do Ministério da Saúde, com a proposta do Estado, em inserir pontos de testes rápidos em áreas de risco da doença.
Os municípios vão apenas supervisionar e colher os dados. O testes serão enviados pelo Ministério da Saúde e o Estado fará a distribuição e controle. ‘‘Esse é um compromisso do Ministério da Saúde’’, garante o coordenador. Os pontos de testes rápidos serão abastecidos inicialmente pelo estoque já existente no Estado.
A doença é endêmica na região amazônica e pode até matar quando não tratada da forma adequada. De janeiro até o último dia 22 foram registrados 3.961 casos positivos da doença. O que representa 25,5% a mais que no mesmo período do ano passado, quando houve 3.154. Os municípios que mais concentram os casos são Porto Velho, Candeias do Jamari, Guajará-Mirim; Ariquemes; Itapuã do Oeste e Machadinho do Oeste.
O controle contra a malária em Rondônia exige um trabalho constante da Agevisa alinhado ao governo federal, municípios e especialmente da sociedade civil que deve procurar quanto antes o diagnóstico da doença ao sentirem sintomas como febre alta; calafrios; tremores; sudorese e dor de cabeça. Além de fazerem uso de mosquiteiros e repelentes e evitarem estarem próximos a igarapés ao entardecer.
MEDIDAS DE CONTROLE
Cabe aos municípios a execução das ações efetivas contra a malária. Na Coordenação Estadual do Programa de Controle da Malária, os trabalhos se concentram na realização de capacitações e supervisão dos 52 municípios com treinamentos in loco do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep Malária), vetor malária, diagnóstico e tratamento; prestação de contas.
Além disso, a análise microscópica realizada no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) é financiada pela Agevisa. O Estado também entra com ações complementares em municípios que não apresentam condições de efetuar combate contra a doença e enfrentam o desafio de chegar a lugares de difíceis acesso.
Em fevereiro, por exemplo, o Estado realizou a instalação de mosquiteiros impregnados com inseticida. Em abril, a borrifação em Candeias do Jamari. Enquanto que em maio, a população de Pimenteiras do Oeste recebeu ações como borrifação residual, diagnósticos e termonebulização.
O coordenador pede que o trabalho dos municípios no combate à malária seja constante e, disse ainda, que há a intenção de criar uma portaria conjunta com a Atenção Básica que permita aos agentes comunitários que estejam inseridos no programa de controle da malária.
Ele ainda disse que o Estado entregou, este ano, equipamentos para o combate à doença. Entre eles quatro embarcações para o município de Porto Velho, 23 microscópios para municípios prioritários conforme dados do Sivep Malária e mais 220 pulverizadores foram distribuídos para os 52 municípios. Duas caminhonetes que estão em processo de aquisição devem ser distribuídas para Porto Velho e Candeias do Jamari ainda este ano.