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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
RONDÔNIA - A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) informou nesta sexta-feira (22), por meio da assessoria, que segue as orientações do Ministério da Saúde (MS) sobre o uso da cloroquina para auxílio no tratamento de casos mais leves do novo coronavírus. "Apenas reforçaram o que iríamos fazer", disse a pasta.
O remédio já foi distribuído nos 52 municípios. O Estado ainda tenta fazer o mesmo processo com a hidroxicloroquina. Conforme a Sesau, o paciente faz o uso do medicamento mediante assinatura do termo de livre consentimento de aceitação.
"Temos um quantitativo de hidroxicloroquina e recebemos do Ministério da Saúde mais cloroquina. Ainda fazemos o acompanhamento desses pacientes em nível laboratorial, com eletrocardiograma", complementou.
Além dos casos leves, a secretaria ressaltou que os pacientes considerados em potencial vulnerabilidade, ou seja, com suspeita de contágio com a Covid-19, que podem ter o estado clínico agravado, maiores de 50 anos e diagnosticados com câncer ou hipertensão, por exemplo, podem ser tratados com cloroquina sob intensivo monitoramento.
A Sesau informou que a cloroquina já vinha sendo usada antes da orientação do MS na rede estadual de saúde com orientação médica e que não efetuou mudanças no fornecimento do remédio.
Também informou que pacientes internados em estado grave nas unidades já realizam tratamento com hidroxicloroquina, azitromicina e o uso de anticoagulantes, desde que não possuam alguma contraindicação. Disse ainda que o protocolo utilizado nos pacientes que não estão internados, os considerados leves, são de responsabilidade dos municípios.
A nova orientação para uso no Sistema Único de Saúde (SUS) foi divulgada nesta semana pelo MS.
O presidente Jair Bolsonaro defende o uso da cloroquina no tratamento da doença causada pelo novo coronavírus. Mas não há comprovação científica de que esse remédio seja capaz de curar a Covid-19.
Estudos internacionais não encontraram eficácia no medicamento, e a Sociedade Brasileira de Infectologia não recomenda a utilização. O protocolo da cloroquina foi motivo de atrito entre Bolsonaro e os últimos dois ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. No intervalo de menos de um mês, os dois deixaram o governo.