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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
Uma vacina contra herpes simples em desenvolvimento nos Estados Unidos demonstrou bons resultados nos testes em animais.
O estudo, publicado na revista científica Nature Vaccines, relata que a imunização resultou em aumento significativo de anticorpos nos cobaias.
O potencial imunizante utiliza uma forma geneticamente modificada do vírus herpes simplex, que foi alterada para evitar que o agente se refugie no sistema nervoso.
Quando os animais foram infectados com uma cepa virulenta do vírus herpes simplex, aqueles que haviam sido vacinados apresentaram menos lesões genitais, menos replicação viral e menos disseminação viral.
O vírus utilizado no estudo é um vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1), mais conhecido por causar herpes labial ao redor do lábio. No entanto, a imunidade demonstrada também é capaz de reduzir a incidência do tipo 2 (HSV-2), que é sexualmente transmissível.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 3,7 bilhões de pessoas (67%) em todo o mundo vivem com o HSV-1, além de cerca de 490 milhões que são portadoras do HSV-2.
As duas cepas do vírus causam lesões na pele — podendo se tornar bolhas e ulcerações dolorosas na boca ou nas região genital, principalmente. A maioria das infecções por HSV-1 é adquirida durante a infância, e a infecção dura a vida toda.
O vírus pode ser reativado por várias vezes quando a pessoa tem, por exemplo, febre, menstruação, tensão emocional ou algum tipo de supressão do sistema imunológico.
Embora os vírus que causam a herpes comum estejam em circulação de forma endêmica por mais de quatro décadas, nenhuma vacina foi criada até hoje.
O projeto da vacina é conduzido por pesquisadores da Universidade de Cincinnati, da Universidade Northwestern e da Universidade de Nebraska-Lincoln, com apoio dos Institutos Nacionais da Saúde (NIH) dos Estados Unidos.