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Após negociações, doses da vacina da Índia chegam hoje ao país

Carga de 2 milhões de doses é esperada para o final da tarde no aeroporto de Guarulhos. Depois, segue para o Rio


R7

Publicada em: 22/01/2021 08:49:18 - Atualizado


BRASIL - Após uma semana de espera, os 2 milhões de doses da vacina contra a covid-19 da Oxford/AstraZeneca devem chegar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, nesta sexta-feira (20), às 18h, conforme o Ministério da Saúde. A carga vinda da Índia virá em um voo comercial da companhia aérea Emirates.

Os imunizantes serão recebidos pelo ministros Eduardo Pazuello (Saúde), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Fábio Faria (Comunicações), além do embaixador da Índia no Brasil, Suresh Reddy.

Após os trâmites alfandegários, a carga segue em aeronave da empresa Azul ao aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, com pouso previsto para as 22h. A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, e Pazuello receberão as doses – que serão transportadas, com escolta da Polícia Federal, ao depósito de Bio-Manguinhos, da Fiocruz, que fará a rotulagem das ampolas.

As vacinas são produzidas pelo Instituto Serum, parceiro da AstraZeneca na Índia. A Fiocruz pagou R$ 54,9 milhões pelas doses.

A previsão da Fiocruz é de que as vacinas estejam rotuladas e prontas para distribuição em 24 horas. Posteriormente, serão entregues ao Ministério da Saúde, que, por meio do PNI (Programa Nacional de Imunizações), irá repassá-las às unidades da federação de acordo com a proporção populacional de cada território.

Originalmente, não haveria voo da companhia chegando em São Paulo às sextas-feira. A carga vem no Boeing 777, que, por volta das 9h, sobrevoava o Gabão, na África.

O Brasil e a Índia concluíram os procedimentos para importação e a liberação da importação foi anunciada nesta quinta-feira (21), após um imbróglio que se tornou uma dor de cabeça para o governo brasileiro desde a semana passada.

Espera


Um avião da Azul chegou a ser adesivado e estava pronto para decolar ao país asiático na quinta-feira (14), quando um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de lá sinalizou que o Brasil havia se precipitado.

O voo chegou a ser remarcado para sexta-feira, mas acabou cancelado diante da dificuldade em obter uma data certa para o envio da carga.

No domingo (17), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) concedeu autorização de uso emergencial para o lote de 2 milhões de doses e também para a CoronaVac, do Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac.

Sem a vacina de Oxford em território brasileiro, o ministério iniciou a campanha de vacinação apenas com os 6 milhões de doses liberados da CoronaVac.

O presidente Jair Bolsonaro e o chanceler Ernesto Araújo comemoraram e agradeceram a decisão do governo indiano.


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