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    porto velho, sábado 30 de novembro de 2024

Ministério da Saúde confirma a compra de novo lote da CoronaVac

Vacinas deverão ser produzidas em abril. Outras 46 milhões de doses já estavam previstas em contrato e, com isso, Brasil deverá ter 100 milhões no total.


G1

Publicada em: 29/01/2021 19:04:36 - Atualizado

BRASIL: O Ministério da Saúde confirmou nesta sexta-feira (29) a compra de 54 milhões de doses da CoronaVac, vacina em produção pelo Instituto Butantan.

"Nós estamos exercendo a nossa opção de contratação das 54 milhões adicionais da fundação Butantan de forma a totalizar 100 milhões de doses para imunização da população brasileira", disse o secretário-executivo do ministério, Élcio Franco.

Mais cedo, também nesta sexta, o diretor do instituto, Dimas Covas, já havia afirmado que o governo federal tinha manifestado interesse na compra. A resposta do governo federal ocorre após questionamento do Butantan, que chegou a dizer que, se o governo não se manifestasse, negociaria diretamente com estados e municípios. Um dia antes, na quarta (27), Dimas afirmou que o lote poderia ser exportado para países que já manifestaram interesse na compra.

O contrato para a inclusão da vacina no Plano Nacional de Imunização (PNI) já previa a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, com entrega até 30 de abril. Com a inclusão de outras 54 milhões de doses, serão 100 milhões. A vacina contra a Covid-19 é produzida em parceria pelo Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac.

Pressão

Questionado nesta quinta-feira (28) se o Butantan realmente pressionou o governo federal, já que o Ministério da Saúde podia se manifestar até 30 de maio, conforme o contrato, Dimas Covas argumentou que, além da alta demanda pela vacina era preciso um planejamento para garantir insumos.

"É necessário que o ministério [da Saúde] se pronuncie porque estamos no fim de janeiro, e esta produção estaria prevista para o início de abril, portanto não haverá tempo para negociarmos com a nossa parceira em relação à matéria-prima se não houver essa manifestação", disse o diretor do Instituto Butantan.

"É apenas essa a questão. Não estamos pressionando de forma alguma, lembrando que essa é uma vacina mundial, não é só para o Brasil. É uma vacina para o mundo inteiro. Ela já está sendo usada em vários países, começa a ser usada ainda mais intensamente nesta semana no Chile, e então a demanda está muito aquecida e precisamos nos preparar", completou.

Até o momento, foram entregues pelo Butantan 6 milhões de doses que chegaram prontas da China e uma parte de 4,1 milhões que foram envasadas no Brasil e liberadas após um segundo pedido de uso emergencial feito à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para que as doses adicionais sejam envasadas, ainda é necessária a chegada de matéria-prima vinda da China – autoridades estimam que isso deve acontecer até a 3 de fevereiro.


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