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    porto velho, sábado 30 de novembro de 2024

Café puro pode ser bom para o coração, sugerem estudos com 5 mil pessoas

Ao todo, os estudos forneceram informações dietéticas para mais de 21 mil americanos adultos.


CNN

Publicada em: 09/02/2021 18:56:51 - Atualizado

O estudo, publicado na terça-feira na revista AHA Circulation: Heart Failure, analisou informações dietéticas auto-relatadas do Framingham Heart Study original. A pesquisa, que começou em 1948, envolveu mais de 5 mil pessoas, sem nenhuma doença cardíaca diagnosticada, que viviam em Framingham, Massachusetts. Além delas, descendentes foram acompanhados por 72 anos ao longo de três gerações.

A nova análise usou ferramentas de última geração da Plataforma de Medicina de Precisão da AHA para comparar os dados dos que viviam em Framingham ao Estudo de Risco de Aterosclerose em Comunidades – uma pesquisa longitudinal, birracial – e ao Estudo de Saúde Cardiovascular, que por 10 anos analisou o risco cardiovascular em adultos com mais de 65 anos.

Ao todo, os estudos forneceram informações dietéticas para mais de 21 mil americanos adultos.

Nos estudos Framingham Heart e Cardiovascular Health, em comparação com pessoas que não bebiam café, a análise descobriu que o risco de insuficiência cardíaca diminuiu entre 5% e 12% para cada xícara de café consumida diariamente.

O risco de insuficiência cardíaca permaneceu o mesmo para quem não bebeu café ou tomou uma xícara por dia de acordo com o Estudo de Risco de Aterosclerose em Comunidades. Mas quando as pessoas bebiam duas ou mais xícaras de café preto por dia, a diminuição era de cerca de 30%, descobriu a análise.

"A associação entre a cafeína e a redução do risco de insuficiência cardíaca foi surpreendente", disse David Kao, diretor médico do Colorado Center for Personalized Medicine, da University of Colorado School of Medicine, em Aurora.

"Café e cafeína são frequentemente considerados pela população em geral como 'ruins' para o coração porque as pessoas os associam a palpitações, pressão alta etc. A relação consistente entre o aumento do consumo de cafeína e a redução do risco de insuficiência cardíaca vira essa suposição do avesso", complementou Kao.


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