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    porto velho, sábado 30 de novembro de 2024

Estudo da Fiocruz identifica prevalência da variante Delta em Rondônia

Dados epidemiológicos mostram que a faixa etária com maior prevalência entre os infectados foi de 21 a 50 anos, com um percentual de 60,64%...


Edmilson Ferreira

Publicada em: 26/11/2021 08:43:00 - Atualizado

PORTO VELHO – RO - De agosto de 2021 até esta última semana de novembro, foram sequenciadas 310 amostras de indivíduos infectados pelo Sars-CoV-2, oriundas de mais de 40 municípios do estado de Rondônia. Dessas, 51,61% foram caracterizadas como variante Delta e 48,38% como variante Gamma. O estudo mostra também a presença das subvariantes da Gamma como: P.1.4; P.1.7; P.1.14; P.1.11 e P.1.12 e subvariantes de Delta como: AY.43; B.1.617.2; AY.4 e AY.39.

O estudo é realizado pelo Laboratório de Virologia Molecular da Fiocruz Rondônia em colaboração com a Rede de Vigilância Genômica da Fiocruz, Laboratório Central de Saúde Pública de Rondônia (Lacen/RO) e o Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia).

Os resultados são sistematizados e enviados mensalmente à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), para o acompanhamento das variantes circulantes na região, favorecendo a adoção de medidas sanitárias adequadas em diferentes momentos da pandemia.

Dados epidemiológicos deste estudo mostram que a faixa etária com maior prevalência entre os infectados foi de 21 a 50 anos, com um percentual de 60,64%. De acordo com Deusilene Vieira, chefe do Laboratório de Virologia Molecular da Fiocruz Rondônia, no estudo foi identificado que 106 indivíduos infectados pelo Sars-CoV-2 desenvolveram quadros moderado e grave da doença, necessitando de internação hospitalar. Desses, 80,35% não eram imunizados ou imunizados parcialmente.

A pesquisa também comprovou que, no grupo composto por indivíduos não hospitalizados, 65,80% dos infectados foram imunizados com as duas doses da vacina e desenvolveram quadro leve da doença, o que para os pesquisadores representa claramente os efeitos positivos da vacinação, “uma forma segura e efetiva para a não evolução da doença para os casos moderados e graves de Covid-19”, reforçou Deusilene Vieira.


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